No mesmo período em 2023 a queda foi R$ 904, 1 milhões. A companhia continua focada na execução dos planos estratégicos.
A Cosan S.A. (B3: CSAN3; NYSE: CSAN) anunciou no dia 29 de maio (terça-feira), seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2024, cujo resultado líquido foi prejuízo de R$ 192 milhões, superior em R$ 712 milhões, com maior contribuição dos negócios via equivalência patrimonial (MEP), e por ganhos com o desfazimento de parte da estrutura do collar atrelado ao investimento na Vale. O saldo da dívida bruta corporativa era de R$ 25,3 bilhões ao final do primeiro trimestre de 2024, apresentando redução de R$ 1,3 bilhão versus o quarto trimestre de 2023, além de alongamento do duration e redução no custo médio implícito. Estes efeitos são reflexo do processo de liability management executado no trimestre atual, que envolveu a emissão dos Senior Notes 2031 em janeiro, e posterior liquidação de boa parte do collar financing. Os ganhos de eficiência capturados também permitiram a melhora de 0,1x do ICSD. Além disso, uma parcela dos recursos utilizados nas amortizações foi oriunda da posição de caixa da companhia, que explica o consumo no primeiro trimestre de 2024 na movimentação de caixa gerencial.
O desempenho do portfólio de negócios foi em linha ao planejamento para o ano. A expansão nos resultados da Rumo é explicada pelo crescimento dos volumes e margens em todas as suas operações. Na Compass, o Ebitda reflete o efeito do mix nas margens de distribuição, dado a maior concentração de vendas para as indústrias (com menores margens) em detrimento ao segmento residencial, em razão da temperatura mais elevada no trimestre. A Moove segue sua trajetória de crescimento sustentável, entregando Ebitda 19% superior. Na Radar, o resultado do trimestre foi composto pela receita recorrente de arrendamento das propriedades agrícolas do portfólio, estável frente ao ano anterior. Os preços depreciados do etanol impactaram o trimestre da Raízen — efeito compensado pela maior rentabilidade do açúcar e de mobilidade no ano-safra. E a Vale contribuiu pela primeira vez com um trimestre completo consolidado via MEP.
E o avanço dos investimentos segue o plano estratégico e foram direcionados para a manutenção das operações e para os projetos estratégicos de crescimento do portfólio — destaque para LRV na Rumo, TRSP na Compass e o E2G na Raízen.
— O início de 2024 foi marcado por deterioração do cenário macroeconômico global, com piora na perspectiva de redução na taxa longa de juros e volatilidade no câmbio e nas commodities, além do acirramento de tensões geopolíticas. Isto reforça a necessidade de mantermos a Cosan e seu portfólio de investidas focados na execução de seus planos estratégicos, refletidos nos guidances para o ano, ao mesmo tempo que buscamos de forma disciplinada reforçar nossa estrutura de capital. Neste contexto, executamos ao longo do trimestre iniciativas atreladas à alocação de capital, em três frentes principais: gestão de dívidas, gestão do portfólio e assertividade nos investimentos destinados aos projetos de crescimento nos negócios.
Com relação à gestão de dívidas, elencamos as emissões realizadas pela Cosan para liquidar antecipadamente o collar financing relacionada ao investimento na Vale, que já permitiu capturarmos mais dividendos pagos pela mineradora. Enquanto o posterior ajuste de posição trouxe redução efetiva do endividamento bruto. Além disso, Rumo, Raízen e Compass acessaram os mercados local e internacional, em condições atrativas. Na segunda frente, avançamos nos investimentos estruturantes da primeira fase da extensão no MT na Rumo (LRV) e na construção das plantas de E2G pela Raízen, e concluímos na Compass a construção do TRSP. E por fim, na gestão de portfólio, além da redução de participação na Vale para 4,15%, destacamos o anúncio recente pela Raízen da venda de projetos de geração distribuída, em linha com a estratégia de reciclagem de capital— destaca a administração sobre os resultados do primeiro trimestre de 2024.