Debate contou com a mediação de Rubens Pereira, Conselheiro do Instituto Aço Brasil, além da presença de outros grandes stakeholders da indústria.
O painel “Recuperação da Competitividade Sistêmica da Indústria”, moderado por Rubens Pereira, Conselheiro do Instituto Aço Brasil e vice-presidente executivo das Operações Brasil, Argentina e Uruguai Gerdau, o debate também contou com a presença de José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast); Andrea Macera, secretária de Competitividade e Assuntos Regulatórios do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC); e Ricardo Alban, presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). O economista, sociólogo e diplomata, Marcos Troyjo, atuou como Keynote Speaker.
Segundo Pereira, a indústria do aço atualmente emprega mais de 130 mil pessoas em empregos diretos no país. Outros destaques do setor do aço pontuados dizem respeito aos investimentos que, nos últimos 15 anos, ultrapassaram os 30 bilhões de reais, além de questões ligadas à segurança, produtividade e tecnologia. —Podemos dizer que a indústria do aço prospera, em especial, quando toda a indústria nacional prospera—.
Diante desse cenário, Troyjo explicou que a capacidade de recuperação da competitividade sistêmica da indústria do aço dependerá de tudo que for feito internamente, assim como dos fatores, riscos e oportunidades observados no âmbito internacional. Sobre os últimos dez anos, o palestrante pontuou que a Índia cresce percentualmente mais do que a China atualmente, e que essa é uma tendência de crescimento prevista para continuar na próxima década. Dito ainda que nesse caso, quando observada uma melhora muito rápida da renda per capita, geralmente no espaço de uma geração, acarreta uma maior necessidade de investimento em infraestrutura. —O crescimento econômico e a diminuição da desigualdade social provocam então a expansão da demanda por aço na Índia—.
Já Roriz argumentou que a construção civil no Brasil possui uma grande quantidade de diagnósticos, e que agora é preciso estabelecer metas e realizar ações que realmente ajudem no processo de reindustrialização do Brasil. Ainda segundo o palestrante, a reforma tributária, a redução de juros e os mecanismos de incentivo fiscal são imprescindíveis para esse processo.
Macera destacou a importância do combate ao Custo Brasil, para que ocorra redução dos problemas de competitividade do país. Relatou ainda que uma consulta pública feita recentemente recebeu aproximadamente 1.300 contribuições nesse sentido, destacando questões tributárias, custo energético, custo logístico, dificuldades de comércio exterior e um ágil fechamento de acordos internacionais como os principais pontos.
Alban explicou que o Brasil já venceu muitos desafios e que está preparado para vencer ainda mais, destacando que é preciso união entre todos os setores da cadeia industrial, para que se olhe apenas para os novos objetivos. Pontuado ainda que a nova indústria brasileira deve focar na entrega e no cumprimento de metas estabelecidas, a longo, médio e curto prazo.