Cofundador da Captable lidera a entidade ao lado de representantes da Eqseed, Kria, My First IPO e SMU.
Paulo Deitos, cofundador da Captable, foi eleito presidente da Associação Brasileira de Crowdfunding de Investimentos (Crowdinvest). Ele ocupará o cargo por dois anos e terá na entidade um corpo diretor composto por Greg Kelly (da EqSeed), Camila Nasser (da Kria), Adolfo Melito (da My First IPO) e Rodrigo Carneiro (da SMU). Em comum, todos esses nomes participam ativamente das iniciativas e consultas da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) desde antes da regulamentação do setor em 2017.
Deitos tem quase uma década de experiência no setor de crowdfunding. Ele foi sócio-fundador do primeiro crowdfunding imobiliário do Brasil e cofundador da Captable, que é considerada a líder de investimentos em startups via plataformas. Também foi diretor executivo da ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs) e presidente da Alianza Fintech Iberoamericana, com sede no México. É professor de um MBA da Universidade Católica da Argentina (UCA) onde dá aulas sobre o ecossistema brasileiro de fintechs.
—É uma grande oportunidade representar o setor ao lado de empreendedores que estão muito alinhados em disciplinar e autorregular o setor de crowdfunding de investimentos— disse Deitos.
O novo presidente da Crowdinvest enfatiza que a associação trabalhará neste biênio para intensificar a divulgação deste modelo de investimento, especializar as plataformas devidamente registradas na CVM , estreitar ainda mais o relacionamento com investidores-anjo e fundos de venture capital, qualificar as empresas ofertantes em rodadas de captação e integrar o crowdfunding de investimentos com outras modalidades de aportes.
O mercado de crowdfunding de investimento no Brasil teve um crescimento de 7,1% no número de plataformas em 2022, passando de 56 para 60 players. Juntas, elas atraíram investidores interessados nas 120 ofertas de captações lançadas no ano passado. Em média, cada rodada finalizada captou R$1,58mi.
A nova regra para crowdfunding no Brasil, a Resolução CVM 88, aumentou o limite de captação para até R$ 15 milhões e ampliou para R$ 40 milhões o limite de receita bruta que define o conceito de sociedade empresário de pequeno porte. A expectativa é que essas mudanças contribuam para o crescimento do mercado a partir deste ano.
—O crowdfunding de investimentos é uma ferramenta importante para o desenvolvimento do empreendedorismo brasileiro e o cenário que estamos enxergando é otimista porque enxergamos um grande espaço para ser conquistado. Afinal, estamos falando em um modelo que permite que startups com potencial de crescimento tenham acesso a recursos de investimento de forma mais rápida e eficiente— finaliza Deitos.