Obra é a prioridade da Autoridade Portuária de Santos e vai trazer segurança, agilidade e competitividade ao Porto.
O túnel Santos-Guarujá foi confirmado como uma das obras prioritárias do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O anúncio foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em cerimônia no Rio de Janeiro no dia 11 de agosto (sexta-feira), que contou com as presenças do ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, e o presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini.
—É uma das obras mais importantes para a infraestrutura do País, por isso o ministro Márcio França pediu a inclusão e foi atendido pelo Governo Federal —explica o presidente da APS, Anderson Pomini, logo na saída do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde o PAC foi apresentado.
O Novo PAC vai investir R$ 1,7 trilhão em todos os estados do Brasil, sendo R$ 1,4 trilhão até 2026 e R$ 320,5 bilhões após 2026, de acordo com o Governo Federal. A obra da ligação seca entre as duas margens do Porto de Santos é sonhada há 97 anos e agora faz parte do chamado eixo “transporte eficiente e sustentável”, que reúne os investimentos em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias em todos os estados do Brasil, a fim de reduzir os custos da produção nacional para o mercado interno e elevar a competitividade do Brasil no exterior. Está previsto investimento total de R$ 349 bilhões.
O túnel Santos-Guarujá será uma ligação de mais de 800 metros de extensão, que vai passar por baixo do estuário do Porto de Santos, atendendo veículos rodoviários, VLT (veículo leve sobre trilhos), ciclistas e pedestres. Sua construção, além de beneficiar a travessia entre as duas cidades, dará mais segurança e agilidade à navegação comercial no complexo portuário.
—É uma obra projetada no tempo do então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente do Brasil, e agora vai poder começar a partir do estudo feito anos atrás e com licenciamento ambiental e tudo— afirmou o ministro Márcio França, lembrando que se trata de obra inédita no Brasil e a principal em termos de aporte financeiro do Governo Lula.