rebanho-nelore5

31/05/2025

PIB cresce com a agropecuária, mas sustentação exige consolidação fiscal, diz Firjan

Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro diz que o desempenho do PIB evidencia a fragilidade da atividade industrial e alerta para a tendência de desaceleração no segundo semestre. O setor agropecuário costuma ter maior influência no PIB no início do ano devido à colheita da soja, principal produto da agricultura brasileira, que ocorre entre janeiro e maio, mas a indústria recuou 0,1%, com destaque para a indústria de transformação, que apresentou queda de 1%, e os serviços ficou apenas em 0,3% de alta.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, impulsionado sobretudo pelo forte desempenho da agropecuária, que avançou 12,2% no período. Em contraste, o setor de serviços registrou alta modesta de 0,3%, enquanto a indústria recuou 0,1%, com destaque negativo para a indústria de transformação, que apresentou queda de 1%. Para a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), esse desempenho evidencia a fragilidade da atividade industrial, com empresários do setor mantendo expectativas pessimistas há cinco meses consecutivos.

Apesar do resultado positivo para a atividade econômica no início do ano, a Firjan alerta para uma tendência de desaceleração no segundo semestre. —A taxa de juros ainda elevada e a inflação persistentemente acima da meta comprometem o dinamismo do consumo e dos investimentos, afetando especialmente o setor industrial e os serviços dependentes da demanda doméstica — afirma o economista-chefe da federação, Jonathas Goulart.

Além disso, a federação destaca ainda que o cenário internacional impõe desafios adicionais. As recentes medidas protecionistas dos Estados Unidos, com aumento de tarifas sobre produtos industriais, elevam a incerteza global e afetam expectativas de investimento. No plano doméstico, a instabilidade política e o crescimento das despesas obrigatórias ampliam o risco fiscal, pressionam o câmbio, encarecem o crédito e comprometem a competitividade da indústria.

Diante desse contexto, a Firjan reforça a urgência da consolidação fiscal como elemento central para a recuperação sustentável da economia. —A credibilidade da política econômica, ancorada em metas fiscais críveis e no controle efetivo do gasto público, é condição essencial para a retomada da confiança dos empresários e melhoria do ambiente macroeconômico. A agenda de reformas que promovam maior previsibilidade, eficiência do Estado e equilíbrio das contas públicas deve ser prioridade nacional —reforça Goulart.

— As informações existentes nesta mensagem e nos arquivos anexos são para uso restrito e confidencial, sendo seu sigilo protegido por lei. Se você a tiver recebido por engano, por favor, notifique imediatamente ao remetente e remova a mensagem e qualquer anexo de seu sistema. A Firjan não se responsabiliza por qualquer omissão ou falhas contidas nesta mensagem, que possam surgir na transmissão da mesma ou por prejuízos provenientes de quaisquer alterações de seu conteúdo. Esta mensagem é de responsabilidade de seu autor e seu conteúdo não reflete, necessariamente, a opinião da empresa—.