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05/07/2024

Balança comercial brasileira registra superávit de US$ 6,71 bilhões em junho, diz Secex/MDIC

No primeiro semestre do ano a balança apresentou superávit de US$ 42,31 bilhões, queda de 5,2% ante o mesmo período em 2023.

A balança comercial registrou superávit de US$ 6,71 bilhões , com queda de -33,4%, e a corrente de comércio aumentou 4,6%, alcançando US$ 51,38 bilhões. As exportações caíram -1,9% e somaram US$ 29,04 bilhões em junho de 2024, comparado a igual mês do ano anterior, As importações cresceram 14,4% e totalizaram US$ 22,33 bilhões, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior(Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), divulgados no dia 04 de julho (quinta-feira).

No primeiro semestre de 2024, em comparação a igual período do ano anterior, as exportações cresceram 1,4% e somaram US$ 167,61 bilhões. As importações cresceram 3,9% e totalizaram US$ 125,30 bilhões. Como consequência destes resultados, a balança comercial apresentou superávit de US$ 42,31 bilhões , com queda de -5,2%, e a corrente de comércio registrou aumento de 2,5%, atingindo US$ 292,91 bilhões.

Setores e Produtos: Exportações em junho de 2024, o desempenho dos setores foi o queda de -3,7% em Agropecuária, que somou US$ 7,70 bilhões; crescimento de 15,3% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 6,80 bilhões e, por fim, queda de -6,8% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 14,45 bilhões. A combinação destes resultados levou a queda do total das exportações.

A retração das exportações foi puxada, principalmente, pela queda nas vendas dos seguintes produtos: Arroz com casca, paddy ou em bruto (-58,2%), Milho não moído, exceto milho doce (-36,9%) e Soja (-10,1%) na Agropecuária; Minérios de cobre e seus concentrados (-20,0%), Minérios de níquel e seus concentrados ( -100,0%) e Minérios de metais preciosos e seus concentrados ( -91,3%) na Indústria Extrativa ; Gorduras e óleos vegetais, “soft”, bruto, refinado ou fracionado (-48,3%), Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (-57,0%) e Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (-96,1%) na Indústria de Transformação.

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de queda, os seguintes produtos registraram aumento nas vendas: Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos ( 35,6%), Café não torrado (50,6%) e Algodão em bruto (166,7%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto ( 44,1%), Minério de ferro e seus concentrados ( 5,5%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus ( 32,6%) na Indústria Extrativa ; Açúcares e melaços ( 8,3%), Celulose (57,8%) e Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) ( 73,1%) na Indústria de Transformação.

Primeiro semestre de 2024 — No acumulado janeiro a junho de 2024, em comparação com igual período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: queda de -8,4% em Agropecuária, que somou US$ 39,40 bilhões; crescimento de 21,5% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 42,58 bilhões e, por fim, queda de -1,4% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 84,88 bilhões. A associação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.

Esta conjuntura de crescimento nas exportações foi influenciada pelo crescimento das vendas nos seguintes produtos: Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (23,7%), Café não torrado (49,7%) e Algodão em bruto (236,6%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (12,2%), Minérios de cobre e seus concentrados (15,2%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (31,2%) na Indústria Extrativa ; Açúcares e melaços (62,7%), Celulose (19,5%) e Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (16,7%) na Indústria de Transformação.

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Trigo e centeio, não moídos (-19,5%), Milho não moído, exceto milho doce (-43,7%) e Soja (-16,4%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (-25,9%), Minérios de níquel e seus concentrados (-27,8%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base (-35,7%) na Indústria Extrativa ; Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (-11,4%), Gorduras e óleos vegetais, “soft”, bruto, refinado ou fracionado (-60,1%) e Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (-34,3%) na Indústria de Transformação.

Importações: em junho de 2024, o desempenho das importações por setor de atividade econômica foi o seguinte: crescimento de 50,7% em Agropecuária, que somou US$ 0,47 bilhões; queda de -4,6% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 1,16 bilhões e, por fim, crescimento de 15,2% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 20,57 bilhões. A combinação destes resultados motivou ao aumento das importações.

O movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos ( 47,4%), Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (70,2%) e Soja (3.648.155,1%) na Agropecuária; Fertilizantes brutos (exceto adubos) ( 14,0%), Outros minerais em bruto ( 10,9%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus ( 28,8%) na Indústria Extrativa ; Cobre (147,3%), Veículos automóveis de passageiros (432,0%) e Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (113,5%) na Indústria de Transformação.

Mesmo que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (-12,4%), Cevada, não moída (-40,0%) e Café não torrado (-82,8%) na Agropecuária; Outros minérios e concentrados dos metais de base ( -8,4%), Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-41,6%) e Gás natural, liquefeito ou não ( -5,7%) na Indústria Extrativa ; Coques e semi-coques, incluindo resíduos de hulha, de linhita ou de turfa, e carvão de retorta (-67,4%), Inseticidas, rodenticidas, fungicidas, herbicidas, reguladores de crescimento para plantas, desinfetantes e semelhantes (-21,7%) e Válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (-16,4%) na Indústria de Transformação.

No primeiro semestre de 2024, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: crescimento de 26,4% em Agropecuária, que somou US$ 2,91 bilhões; retração de -4,4% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 8,31 bilhões e crescimento de 4,2% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 113,25 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das importações.

Esta conjuntura de crescimento nas importações foi influenciada pelo crescimento das compras dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos (15,6%), Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (41,4%) e Soja (528,7%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (3,7%), Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (0,5%) e Gás natural, liquefeito ou não (59,9%) na Indústria Extrativa ; Motores e máquinas não elétricos, e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) (23,7%), Veículos automóveis de passageiros (121,4%) e Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (35,7%) na Indústria de Transformação.

Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Cevada, não moída (-19,2%), Cacau em bruto ou torrado (-7,5%) e Látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (-10,8%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (-95%), Minérios de cobre e seus concentrados (-100%) e Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-30,8%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-9,2%), Compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas (-21,6%) e Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (-23,7%) na Indústria de Transformação.

Principais Parceiros Comerciais: Argentina — As exportações para a Argentina, no mês de junho, caíram -50,8% e somaram US$ 0,96 bilhões. As importações aumentaram 8,8% e totalizaram US$ 1,01 bilhões. Logo, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou déficit de US$ -0,05 bilhões e a corrente de comércio diminuiu -31,6% alcançando US$ 1,97 bilhões.

No primeiro semestre de 2024, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para a Argentina caíram -37,6% e atingiram US$ 5,88 bilhões. As importações cresceram 2,4% e chegaram US$ 6,07 bilhões. Com isto, neste período, a balança comercial para este país apresentou saldo negativo de US$ -0,19 bilhões e a corrente de comércio reduziu-se em -22,2% totalizando US$ 11,96 bilhões.

China, Hong Kong e Macau — As exportações para a China, Hong Kong e Macau no mês de junho de 2024, cresceram 4,7% e somaram US$ 9,87 bilhões. As importações aumentaram 29,1% e totalizaram US$ 5,95 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou superávit de US$ 3,92 bilhões e a corrente de comércio aumentou 12,7% alcançando US$ 15,83 bilhões.

No período de janeiro a junho de 2024, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para China, Hong Kong e Macau cresceram 4,0% e atingiram US$ 52,64 bilhões. As importações cresceram 15,0% e totalizaram US$ 29,77 bilhões. Consequentemente, neste período, a balança comercial apresentou superávit de US$ 22,86 bilhões e a corrente de comércio expandiu-se em 7,7% somando US$ 82,41 bilhões.

Estados Unidos — As exportações para os Estados Unidos, em junho de 2024, cresceram 2,5% e somaram US$ 3,23 bilhões. As importações aumentaram 12,9% e chegaram a US$ 3,32 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial resultou num déficit de US$ -0,09 bilhões e a corrente de comércio registrou aumento de 7,5% alcançando US$ 6,55 bilhões.

No acumulado de janeiro a junho de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior, as exportações para os Estados Unidos cresceram 12,0% e atingiram US$ 19,23 bilhões. As importações caíram -1,0% e totalizaram US$ 19,45 bilhões. Dessa forma, neste período, a balança comercial para este país apresentou déficit de US$ -0,22 bilhões e a corrente de comércio aumentou 5,1% chegando a US$ 38,68 bilhões.

União Europeia — As vendas para a União Europeia, cresceram 3,0% e chegaram US$ 4,06 bilhões. As importações aumentaram 5,3% e totalizaram US$ 3,91 bilhões. Assim, a balança comercial com este bloco resultou num superávit de US$ 0,15 bilhões e a corrente de comércio aumentou 4,1% alcançando US$ 7,97 bilhões.

No primeiro semestre de 2024, em relação a igual período do ano anterior, as exportações para a União Europeia cresceram 2,1% e atingiram US$ 23,29 bilhões. As importações caíram -0,9% e totalizaram US$ 23,40 bilhões. Consequentemente, neste período, a balança comercial com este bloco comercial apresentou déficit de US$ -0,11 bilhões e a corrente de comércio aumentou 0,6% somando US$ 46,70 bilhões.