Destaques para o negócio de transporte marítimo que continua sua normalização gradual. O Grupo CMA CGM fortalece sua diversificação em logística com a integração estratégica da Bolloré Logistics. O Grupo CMA CGM se compromete com a qualidade do atendimento ao cliente ao renovar a Ocean Alliance e lançar o SEA Reward, o primeiro programa de fidelidade para clientes de transporte marítimo. O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, sigla em inglês) totalizou US$ 2,4 bilhões, 30,3% inferior ao primeiro trimestre de 2023. A margem Ebitda foi de 20,2%, queda de 6,8 pontos, num ambiente geopolítico que impede a fluidez do comércio global.
O Conselho de Administração do Grupo CMA CGM, player global em soluções marítimas, terrestres, aéreas e logísticas, reuniu-no dia 16 de maio (quinta-feira), sob a presidência de Rodolphe Saadé, presidente e CEO, para analisar as demonstrações financeiras do primeiro trimestre de 2024.
— Num cenário de normalização da indústria, o nosso Grupo demonstrou a sua agilidade e resiliência na adaptação às novas condições de mercado. Nossa divisão de transporte marítimo teve um desempenho sólido, impulsionado pela reposição de estoques na China e nos Estados Unidos. Quanto ao nosso negócio de logística, a aquisição da Bolloré Logistics dá-nos a massa crítica necessária para melhor resistir às mudanças cíclicas. Em 2024, um ano que permanece incerto devido à crise no Mar Vermelho, a CMA CGM continuará a satisfazer as necessidades dos seus clientes da forma mais eficaz possível. Manteremos o rumo dos nossos investimentos estratégicos, seja na descarbonização ou na inteligência artificial— disse Rodolphe Saadé, presidente e CEO do Grupo CMA CGM, sobre os resultados do período.
—Durante o primeiro trimestre de 2024, o Grupo CMA CGM apresentou um desempenho robusto. Como esperado, o início de 2024 revelou-se mais dinâmico para o comércio mundial de mercadorias e para a procura de transporte de carga, embora tenha sido moldado por tensões geopolíticas persistentes, particularmente na região do Mar Vermelho— diz o Grupo.
—Estas tensões impediram gravemente a fluidez do comércio económico mundial durante o primeiro trimestre, causando uma queda na capacidade efectiva disponível no sector do transporte marítimo e uma recuperação nas taxas de frete em comparação com o último trimestre de 2023— continuam.
As disrupções também estão a produzir grandes desafios operacionais, aos quais o Grupo tem respondido com agilidade. No entanto, o Grupo está atento aos fundamentos do sector do transporte marítimo, em particular aos efeitos das contínuas entregas de novos navios no equilíbrio entre a oferta e a procura, o que tem impacto nas taxas de frete. O Grupo também permanece focado no controle de custos e na disciplina operacional.
Neste ambiente, o Grupo CMA CGM demonstrou a sua resiliência e, graças à sua solidez financeira, continuou a investir em toda a cadeia de valor dos transportes e logística, e na descarbonização.
O Grupo CMA CGM deu um grande passo em sua estratégia de desenvolvimento de suas operações logísticas ao fechar a aquisição da totalidade do capital social da Bolloré Logistics no final de fevereiro. Esta transação decisiva significa que a nova entidade que combina a Ceva e a Bolloré Logistics se tornará um dos cinco maiores operadores logísticos do mundo e representa a maior aquisição na história do Grupo.
O primeiro trimestre de 2024 também viu a CMA CGM e seus parceiros estenderem a Ocean Alliance, a maior rede mundial de serviços marítimos, até 2032. A Ocean Alliance lançou o “DAY 8” em abril, uma oferta aprimorada projetada para atender ainda melhor seus clientes. A CMA CGM também continua inovando para recompensar a regularidade de seus clientes e apoiá-los através do SEA Reward, o primeiro programa de fidelidade desenvolvido para clientes de transporte marítimo.
O Grupo também está a expandir-se ainda mais no setor da comunicação social, tendo assinado em março um compromisso com o grupo Altice France para adquirir a totalidade do capital social da Altice Media.
Após a deterioração das condições de mercado registadas no quarto trimestre de 2023, o primeiro trimestre de 2024 foi moldado por uma recuperação nas taxas de frete à vista, principalmente devido a perturbações na região do Mar Vermelho. Os tempos de viagem mais longos resultantes através do Cabo da Boa Esperança pesaram na capacidade de transporte disponível no meio de uma recuperação da procura.
A receita situou-se em US$ 11,8 bilhões no primeiro trimestre de 2024, impulsionada principalmente pelo negócio de transporte marítimo do Grupo. O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, sigla em inglês) totalizou US$ 2,4 bilhões, 30,3% inferior ao primeiro trimestre de 2023. A margem Ebitda foi de 20,2%, queda de 6,8 pontos.
Ao todo, foram transportados 5,6 milhões de TEUs no primeiro trimestre de 2024, um aumento de 11,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O aumento deve-se ao comércio mundial de mercadorias mais forte do que o esperado e à procura de transporte de carga, impulsionado por uma recuperação no consumo e na reconstrução de stocks após os mínimos de 2023.
A receita consolidada das operações de transporte marítimo totalizou US$ 7,9 bilhões no trimestre, uma queda de 11,4% ano a ano. O Ebitda totalizou US$ 1,9 bilhão, 35,8% inferior ao primeiro trimestre de 2023. A margem Ebitda foi de 24,8%, queda de 9,4 pontos. A receita média por TEU foi de 1.400 dólares, uma queda de 20,7% em relação ao ano anterior.
No primeiro trimestre, as atividades logísticas do Grupo continuaram a crescer, impulsionadas nomeadamente pela consolidação da Bolloré Logistics a partir de 29 de fevereiro e pelo bom momento na Logística de Contratos, Logística de Veículos Acabados e Terrestre, especialmente na Europa.
A receita das atividades logísticas totalizou US$ 3,9 bilhões no primeiro trimestre do ano. O Ebitda situou-se em US$ 361 milhões, um aumento de 6,9% face ao primeiro trimestre de 2023.
As receitas provenientes de outras atividades (terminais portuários, CMA CGM Air Cargo, mídia etc.) aumentaram 45,4% para US$ 600 milhões. O Ebitda aumentou 43,6% para US$ 79 milhões, impulsionado pela inclusão de Port Liberty no perímetro de consolidação e pela recuperação dos volumes do negócio de terminais.
Panorama — De acordo com o grupo, as incertezas no ambiente macroeconômico e geopolítico poderão continuar a causar flutuações no mercado de transportes e logística e pesar na sua fluidez e sazonalidade.
Além disso, espera-se que o comissionamento de entregas de novas construções continue acima da procura prevista, afectando em última análise o equilíbrio entre a oferta e a procura e, por extensão, as taxas de frete.
Neste ambiente, o controlo de custos, a pontualidade e o nível de serviço prestado aos clientes serão motores essenciais de competitividade e diferenciação.