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04/05/2024

Petrobras retoma as obras do Polo GasLub

Edital de licitação prevê a construção de planta para produzir lubrificantes e conclusão de unidade de produção de diesel e querosene de aviação.

A Petrobras lançou processo de licitação pública para contratação das empresas que vão realizar as obras de construção e de conclusão de unidades operacionais no Polo GasLub, em Itaboraí (RJ). Após a conclusão das obras, o conjunto de unidades terá capacidade aproximada de produzir 12 mil barris por dia (bpd) de óleos lubrificantes de Grupo II, além de 75 mil bpd de diesel S-10 e 20 mil bpd de querosene de aviação (QAV-1), de baixíssimo teor de enxofre.

A estimativa é que sejam gerados até dez mil empregos diretos e indiretos durante a fase de execução das obras. —A contratação é um marco para a retomada do Polo GasLub e com ela a companhia volta a investir em um empreendimento de grande importância não só para a Petrobras, mas para o Rio de Janeiro e todo o Brasil— afirma o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

A retomada do Polo GasLub, anteriormente chamado Comperj, cujas obras foram interrompidas em 2015, está alinhada à estratégia da Petrobras de modernizar o seu parque de refino e oferecer ao mercado e à sociedade produtos avançados e com alto valor agregado. Segundo o diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França, —a decisão da companhia reforça a estratégia de manter sua atuação com ativos focados na proximidade entre a oferta de óleo e gás e o mercado consumidor—. Para o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Carlos Travassos, —a modernização do parque de refino, além de aumentar a produção de combustíveis e a qualidade dos lubrificantes, vai inserir a Petrobras nos mais modernos padrões internacionais de produção—.

Serão construídas e concluídas unidades de Hidrocraquamento Catalítico (HCC), de Hidrotratamento (HDT), de Desparafinação por Isomerização por Hidrogênio (HIDW), unidades auxiliares, utilidades, off-sites e dutos extramuros. Além de se posicionar entre os produtores de óleos básicos lubrificantes de Grupo II, mais avançados, com a implantação da nova planta no Polo GasLub a Petrobras vai viabilizar o processamento de correntes intermediárias oriundas da Reduc e eliminar restrições operacionais, adequando grande parte das instalações e unidades do antigo Comperj, compatibilizando eficiência e rentabilidade.

TCU — Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a obra teve início em 2006, no primeiro, mandato do Governo Lula, e deveria ter sido finalizado até o ano de 2011, tendo gasto de até R$ 6 bilhões. Entretanto, ainda durante o ano de 2017, estava em processo de finalização e o governo já havia liberado mais de R$ 30 bilhões para o término. Hoje, os gastos já superam R$ 47 bilhões.

Irregularidades — O TCU argumenta que encontrou uma série de  irregularidades nas obras, como a contratação de outras empresas de forma ilegal e também o sobrepreço dos materias comprados.