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30/04/2024

Petrobras registra produção de petróleo e gás natural de 2.776 milhões/boed no 1T24

Aumento de 3,7% ante o mesmo periodo de 2023. Comparando ao quarto trimestre caiu 5,4%. O volume de vendas de derivados(diesel e gasolina) também caiu 4,9% em relação ao quarto trimestre.

A Petrobras informou dados do seu relatório trimestral de produção no dia 29 de abril(segunda-feira), onde mostra que sua produção média de óleo, líquido de gás natural (LGN) e gás natural no primeiro trimestre de 2024 alcançou 2.776 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), um aumento de 3,7% em comparação com a produção do mesmo período do ano anterior. Dentre os principais fatores para essa variação, podemos destacar a evolução da produção (ramp-ups) dos FPSOs Almirante Barroso, P-71, Anna Nery, Anita Garibaldi e Sepetiba, além da entrada em produção de 19 novos poços de projetos complementares nas Bacias de Campos (11) e Santos (8).

Na comparação com o quarto trimestre de 2023, a produção foi menor em 5,4%, devido, principalmente, ao maior volume de perdas por paradas e manutenções, dentro do previsto no Plano Estratégico 2024-28 (PE 2024-28), e ao declínio natural de campos maduros. Esses efeitos foram parcialmente compensados pela maior contribuição dos FPSOs Almirante Barroso (campo de Búzios) e P-71 (campo de Itapu), após atingirem o topo de produção durante o quarto trimestre de 2023, e pelo ramp-up dos FPSOs Sepetiba (campo de Mero) e Anita Garibaldi (campos de Marlim, Voador e Espadim).

A Petrobras iniciou, em 07 de março, o escoamento de gás pela P-68, localizada nos campos de Berbigão e Sururu, contribuindo para o aumento da confiabilidade de entrega de gás, através da malha integrada da Bacia de Santos. Em 24 de fevereiro, o FPSO Marechal Duque de Caxias saiu do estaleiro em Yantai, China, rumo ao campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos. A plataforma, que será o terceiro sistema definitivo de produção do campo, está prevista para entrar em operação no segundo semestre deste ano e tem capacidade para produzir até 180 Mbpd de óleo e 12 MMm³/d de gás natural. A jazida compartilhada de Búzios atingiu, em março de 2024, a marca de um bilhão de barris de óleo produzidos. Atualmente, o campo opera com cinco plataformas: P-74, P-75, P-76, P-77 e Almirante Barroso. O horizonte do PE 2024-28 da Petrobras prevê a instalação de mais seis unidades no campo até 2027.

No segmento de Refino, Transporte e Comercialização, a produção total de derivados no primeiro trimestre de 2024 foi de 1.753 mbpd, 6,1% acima da produção do primeiro trimestre de 2023. A participação de diesel, gasolina e QAV em relação à produção total foi de 67% no primeiro trimesttre de 2024, em linha com o mesmo período no ano anterior. O fator de utilização total (FUT) do parque do refino continua elevado, atingindo 92% no primeiro trimestre de 2024, sete pontos percentuais (p.p) acima do primeiro trimestre de 2023 e dois pontos percentuaisabaixo do quarto trimestre de 2023, mesmo com importantes paradas programadas na Repar e na Replan, além da menor de demanda no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre por conta da sazonalidade.

No primeiro trimestre de 2024 os óleos do pré-sal representaram 67% da carga processada no Refino, dois pontos percentuais acima do quarto trimestre de 2023, contribuindo para uma atividade de refino mais sustentável e alto rendimento de diesel, gasolina e QAV. No tema Eficiência Energética e Excelência Operacional do Refino, o Programa RefTOP, a partir do PE 2024-28, contempla todas as refinarias do parque. Os projetos e iniciativas de otimização do Programa contribuíram para a Petrobras atingir 36,3 kgCO2e/CWT em Intensidade de Emissão de Gases de Efeito Estufa no 1T24, 1,4 kgCO2e/CWT a menos em relação ao 1T23, e 104,8 em Intensidade Energética, 1,7 pontos abaixo do 1T23, seguindo o foco para alcance dos compromissos assumidos pela companhia para 2030. Esses resultados indicam uma redução no trimestre de emissão de gases do efeito estufa equivalente a mais de 2.200 ônibus urbanos circulando 5 dias por semana, 300 km/dia.

A Petrobras ampliou, a partir do mês de março, a oferta de produtos mais sustentáveis no mercado nacional iniciando em São Paulo a comercialização de diesel com conteúdo renovável (R5) na RPBC, que, assim como a Repar, já está apta a vender regularmente o combustível capaz de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Adicionalmente, a companhia estabeleceu parceria com a segunda maior distribuidora de asfaltos do país para a venda do CAP Pro W, produto lançado no final do ano passado, estimulando o desenvolvimento do mercado de asfaltos mais sustentáveis. Alinhado à estratégia de ampliar o acesso a mercados do interior do país, a companhia iniciou a comercialização de diesel e gasolina em Rio Verde (GO), o segundo novo polo de venda no Centro-Oeste, região cuja demanda por combustíveis tem aumentado principalmente em função do agronegócio. O primeiro novo polo foi Rondonópolis (MT), inaugurado no início do ano passado.

A companhia efetuou a parada programada da Plataforma de Mexilhão (Rota 1) para manutenção preventiva, visando a continuidade das operações de produção, escoamento e suprimento de gás natural com segurança. Durante esse período de restrição de oferta nacional de gás, a Companhia atuou por meio do seu portfólio de ofertas formado por origens nacionais e importadas (gás boliviano e GNL) para cumprimento dos compromissos firmados. Cabe ressaltar que esta intervenção foi realizada em paralelo com a manutenção programada da Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba (UTGCA), de maneira a minimizar os efeitos de restrição de entrega de gás.

A posse do Terminal de Regaseificação de GNL da Bahia (TRBA) foi retomada pela Petrobras, em 1º de janeiro de 2024, sem descontinuidade operacional, após o término do período de arrendamento para terceiros ao mesmo tempo em que colocamos em operação o navio regaseificador de GNL (FSRU) Excelerate Sequoia no TRBA.

A companhia também adquiriu certificação internacional I-REC (Renewable Energy Certificate) que neutralizam as emissões de escopo 2 da Petrobras em 2023, garantindo que toda a energia elétrica adquirida pela Petrobras para o desenvolvimento das suas atividades tenha sido gerada por fontes renováveis.