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04/04/2024

Enauta e 3R Petroleum: 120 mil boe/d em 2025 e R$ 16 bilhões em market value

Em reservas operadas superiores a 770 milhões de barris para os próximos cinco anos.

As opiniões dos analistas de mercado não param desde o dia 1º de abril (segunda-feira), quando a 3R Petroleum recebeu a carta proposta da Enauta. São as ‘junior oils’ mexendo com o mercado das M&A (do inglês, mergers and acquisitions, ou “fusões e aquisições”), tornando neste momento com o múltiplo mais próximo da petroleira ‘Prio’

A nova empresa teria uma produção combinada de 120 mil barris por dia em 2025. A Enauta, empresa de exploração e produção de petróleo e gás, propôs a fusão com a 3R Petroleum, em uma transação que criaria um dos maiores players do setor no Brasil. A nova empresa teria uma produção combinada de 120 mil barris por dia em 2025 e reservas que ultrapassariam 700 milhões de barris.

A proposta foi enviada ao Conselho de Administração da 3R e prevê que os acionistas da 3R fiquem com 53% do capital da nova empresa, enquanto os acionistas da Enauta deteriam os 47% restantes.

A nova empresa teria um portfólio diversificado, com dezenas de campos, grande número de poços e produção equilibrada entre petróleo (87%) e gás natural (13%). A produção seria dividida em 49% em terra e 51% no mar.

E ainda facilitaria a busca por parcerias com outras empresas que operam em terra, especialmente nas bacias de Potiguar e do Recôncavo. Combinaria ativos estratégicos em bacias terrestres e marítimas, com destaque para Atlanta, Oliva, Uruguá-Tambaú, Papa-Terra, Malombe e Polo Potiguar. A empresa teria capacidade de ampliar a produção de forma competitiva, beneficiando-se da escala e da previsibilidade do ativo.

Os maiores acionistas da 3R Petroleum são Starboard, Gerval (famílias da Gerdau e Bartelle). A Enauta são a Give, Bradesco e família Queiroz Galvão.

O market value da fusão concretizado chegaria aos R$ 16 bilhões.

O Itaú BB e BTG Pactual assessoram a 3R Petroleum.