E passa a integrar comissão municipal.
A PortosRio, como Autoridade Portuária responsável pela administração do Porto do Rio de Janeiro, participou de uma reunião conjunta de diversas entidades com o prefeito Eduardo Paes, no dia 11 de março (segunda-feira), para discutir as implicações das restrições de caminhões propostas para determinados trechos da Avenida Brasil devido à operação do BRT Transbrasil. Essas restrições impactariam significativamente a logística de transporte e do Porto do Rio de Janeiro e a distribuição de cargas na cidade, com potenciais efeitos socioeconômicos adversos. Após apresentação dos impactos ao prefeito, este decidiu adiar a implantação das restrições inicialmente planejadas, que estavam programadas para entrar em vigor no dia 16 de março(sábado. Ainda esta semana, a PortosRio participou de uma outra reunião, quando foi convidada a integrar a comissão que discute e avalia as intervenções no trânsito do município do Rio de Janeiro.
O presidente da PortosRio, Francisco Martins, que esteve presente na reunião junto com o diretor de Gestão Portuária, Ronaldo Fucci, explicou que —tais medidas causariam impactos no transporte rodoviário de cargas e, consequentemente, na logística portuária, podendo gerar grandes engarrafamentos, transtornos e atrasos nas operações do Porto do Rio de Janeiro— Ele acrescentou que o prefeito Eduardo Paes demonstrou compreensão em relação a todos os impactos negativos decorrentes da decisão proposta. —Esses impactos na logística poderiam gerar graves efeitos socioeconômicos como prejuízos à indústria e ao comércio, perda no volume de vendas, problemas no abastecimento e redução de emprego e renda— completou Martins.
Além da PortosRio, a reunião contou com a presença de representantes de diversas entidades ligadas ao transporte, comércio e indústria, incluindo a Associação Brasileira dos Usuários dos Portos, de Transportes e da Logística (Logística Brasil), Sindicato dos Operadores Portuários do Estado do Rio de Janeiro (Sindoperj), Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindaerj), Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), Federação do Transporte de Cargas do Estado do Rio de Janeiro (Fetranscarga) e Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística do Rio de Janeiro (Sindicarga), entre outras entidades representativas. Essas organizações são responsáveis por uma parcela significativa dos PIBs municipal e estadual.
As mudanças, decididas com base em estudos de fluxo de tráfego, entrariam em vigor no dia 16 (sábado). A extensão total da Avenida Brasil é de cerca de 55 quilômetros e a restrição na pista central abrangeria aproximadamente 14 quilômetros, em ambos os sentidos, entre Irajá e Caju, diariamente. Quanto às pistas laterais, onde as restrições seriam aplicadas apenas nos dias úteis, a restrição no sentido Santa Cruz seria em um trecho de aproximadamente 6 quilômetros, entre Caju e Ramos. Essas medidas limitariam significativamente a circulação de caminhões em áreas cruciais para o transporte de cargas, impactando diretamente a logística e a distribuição de mercadorias na cidade.