Rondônia, Santa Catarina e Mato Grosso são os estados com o maior porcentual de pessoas do gênero feminino com habilitação na categoria A.
A presença feminina na condução de uma motocicleta cresce a cada dia entre as mulheres brasileiras. Atualmente o Brasil conta com 9.468.705 motociclistas do gênero feminino, o que representa um crescimento de 69,5% em dez anos. Em 2014, esse número era de 5.586.855 mulheres.
De acordo com dados da Secretaria Nacional de Trânsito/Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Senatran/IBGE), analisados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), os três estados que têm mais mulheres habilitadas na categoria A, em termos porcentuais, são Rondônia (31,9%), Santa Catarina (27,6%) e Mato Grosso (24,6%). Em números absolutos, a liderança é de São Paulo, com 2.823.660 motociclistas.
Apesar do aumento expressivo, elas representam 24,5% entre todos os cidadãos brasileiros habilitados na categoria A — com esse tipo de carteira de motorista, é possível conduzir veículos de duas ou três rodas, com ou sem carro lateral, com mais que 50 cm³ —. Atualmente, 29.132.591 homens estão aptos a conduzir uma motocicleta — em dez anos, a alta foi de 38%.
Confira a participação de mulheres motociclistas em cada um dos 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal:
Aventura e “mototerapia” — A empresária Ludmila de Oliveira Souza, de 27 anos, já percorreu 20 estados e 14 capitais a bordo de uma motocicleta. —Mesmo com um modelo de baixa cilindrada, participei de uma expedição pela BR-230, a Transamazônica —conta com orgulho. —E recentemente adquiri uma motocicleta mais potente. Meu objetivo é sair de Rondônia, passar pelo Peru e ir até o Ushuaia, que fica no extremo sul da América do Sul, e é conhecido como “fim do mundo — até 2025, — revela.
Mulheres como Ludmila são inspiração para a pedagoga Millena Lacman, de 22 anos, que pretende trocar sua motocicleta de baixa cilindrada por outra de alta até o final deste ano. “Por enquanto, uso nos meus deslocamentos diários”, diz.
Outra apaixonada pelas duas rodas é a educadora física profissional de pilates e fitness, Leia Mara Moreira, de 54 anos. Para ela, a motocicleta foi o “medicamento” que a ajudou a superar uma depressão grave. A paranaense que adotou o Estado do Mato Grosso, diz que usa o veículo para o lazer. —Vou sempre até a Chapada dos Guimarães para tomar um café da manhã e curtir a natureza— conta.
Categoria mais vendida — Levantamento das associadas da Abraciclo aponta que a categoria mais vendida para o público feminino é a motoneta (58%), seguida pela scooter (31%).
Abraciclo e o Setor de Duas Rodas — Com 47 anos de história e contando com 14 associadas, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) representa os fabricantes de veículos de duas rodas no país, tendo como principal missão a coordenação, desenvolvimento e defesa da competitividade do setor por meio de ações baseadas em três pilares: Política Industrial, Segurança Viária e Técnico.
A fabricação nacional de motocicletas, quase totalmente concentrada no Polo Industrial de Manaus (PIM), está entre as sete maiores do mundo. No segmento de bicicletas, com as principais fábricas também instaladas no PIM, o Brasil se encontra na quarta posição entre os principais produtores mundiais. No total, as fabricantes do Setor de Duas Rodas geram cerca de 16,8 mil empregos diretos em Manaus/AM.