Nos parâmetros fotossintéticos da planta. Essa melhoria contribui na assimilação de CO2, aumentando a fotossíntese líquida e melhorando a eficiência do uso da água.
O Desafio Microbioma Brasil etapa cana-de-açúcar revelou descobertas importantes para o cultivo da cana-de-açúcar. O grande destaque do evento foi a pesquisa vencedora liderada pela equipe do Dr. Carlos Alexandre Costa Crusciol, da Unesp-Botucatu, e apresentada pela Dra. Gabriela Ferraz de Siqueira, em parceria com o Dr. Murilo de Campos da AgriResult.
O estudo revelou que a utilização da Biotecnologia Microgeo, tanto isoladamente via solo quanto associado à aplicação foliar, desencadeou melhorias impressionantes nos parâmetros fotossintéticos da cana-de-açúcar. Essa abordagem contribuiu significativamente para uma maior assimilação de CO2, aumentando a fotossíntese líquida e melhorando a eficiência do uso da água.
Um dos pontos cruciais identificados foi o aumento na atividade das enzimas de solo Arilsulfatase e Fosfatase ácida com a aplicação da Biotecnologia, evidenciando uma maior atividade microbiológica do solo. Além disso, a aplicação desse composto levou ao aumento do teor de ATR da cana-de-açúcar, com incrementos expressivos de 17% na TCH (Toneladas de Cana por Hectare) e 25% na TAH (Toneladas de Açúcar por Hectare), especialmente quando aplicado via foliar.
A Dra. Gabriela Ferraz de Siqueira, membro da equipe que fez a apresentação do experimento, compartilhou sua visão, destacando: —O manejo biológico através de produtos compostos por um pool de microrganismos benéficos em cana-de-açúcar constitui uma ferramenta cada vez mais utilizada a fim de restabelecer o microbioma e o equilíbrio biológico do solo. Seu uso pode ser mais uma alternativa para melhorar a eficiência dos fertilizantes, promover a conservação do solo e aumentar a produtividade da cana-de-açúcar de forma sustentável—.
O objetivo central do experimento foi avaliar o desenvolvimento da cana-de-açúcar, bem como os efeitos no solo e na planta em áreas tratadas via solo e foliar com a Biotecnologia Microgeo.
Segundo Caio Suppia, diretor de marketing da Microgeo e moderador do evento, a etapa cana-de-açúcar é a mais disputada do Desafio. Os vencedores nacionais das últimas edições saíram desta etapa. —É muito relevante escutar dos participantes que a cada ano surgem novas perguntas e propostas de experimentos e análises, e que a evolução no uso de biológicos é de fato uma virada de chave para a agricultura —disse.
O Desafio Microbioma Brasil, em sua quarta edição, contempla duas etapas: regional (dividida em cerrado oeste, cerrado leste, cana-de-açúcar e sul) e nacional. Os trabalhos são avaliados por uma banca de pesquisadores renomados. Os vencedores das etapas regionais são reconhecidos com um voucher viagem e têm a oportunidade de participar da etapa nacional. Os laureados na etapa nacional ganham uma viagem com a Microgeo para participar do 5º “Plant Microbiome Symposium” que em 2024 acontece na Holanda. Idealizado pelos fundadores da Microgeo, o DMB tem como objetivo promover a prática da sustentabilidade no agronegócio e incentivar o cuidado com o solo, um verdadeiro desafio para o setor.