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16/12/2023

Norsul completa 60 anos como uma das maiores empresas privadas de cabotagem no Brasil

Fundada em 1963, a companhia foca em diversificação e crescimento dos negócios para reforçar o protagonismo no mercado.

Em 18 de novembro, a Norsul celebrou 60 anos de história. Desde a sua fundação, protagonista no crescimento da navegação brasileira, a companhia atua no transporte de cargas de norte a sul, abrangendo a costa brasileira e internacional.

Como uma empresa de cabotagem 100% brasileira, a Norsul possui a maior frota privada do país, com 21 embarcações próprias, entre comboios oceânicos e navios. Além disso, opera cerca de 100 embarcações afretadas, com uma média de 850 viagens por ano. A empresa completou seis décadas buscando, para os próximos anos, diversificar ainda mais o negócio.

Com um olhar atento ao mercado de navegação, a Norsul encontra espaço para crescer. Apenas no ano de 2022, a companhia transportou 28 milhões de toneladas de graneis secos e líquidos. Setores como agro, energia, óleo e gás e siderurgia são focos estratégicos atuais da companhia, pois movimentam volumes expressivos nos principais corredores logísticos do país.

Uma jornada de sucesso, pautada pela adaptabilidade e inovação nos negócios — Fundada em 1963 pelo norueguês Erling Lorentzen, a empresa é protagonista no crescimento da navegação brasileira com trajetória de adaptabilidade e competência, diante das inúmeras mudanças econômicas e políticas ao longo desses 60 anos. Especializada no transporte de granéis secos e líquidos com cargas homogêneas, gerais e de projeto, tanto na cabotagem como no longo curso, a Norsul transporta itens como minérios, produtos siderúrgicos, madeira e celulose, grãos e fertilizantes, derivados claros e biocombustíveis, além de cargas especiais.

Angelo Baroncini, diretor-presidente da Norsul, destaca que a companhia viu o setor náutico se desenvolver e amadurecer, ganhando cada vez mais inovações e vertentes que auxiliam o progresso local e pessoal. —A história da Norsul é uma jornada de sucesso, de contribuição direta ao desenvolvimento do país e ao fortalecimento do setor marítimo. Sempre assumimos uma postura ativa perante os desafios de negócio, nos adaptando e reinventando para entregar soluções de valor e compromisso aos nossos clientes — explica o executivo.

Em sinergia com esse propósito e com o objetivo de diversificar e criar negócios, a Norsul e a alemã Hapag-Lloyd também lançaram, recentemente, a joint-venture Norcoast, que vai oferecer serviços independentes e integrados de cabotagem de contêineres, com o início das operações previsto para o primeiro trimestre de 2024. Esse projeto representa não somente crescimento para a empresa, mas um traço da Norsul que fala sobre o pioneirismo em se aventurar em oportunidades ainda não exploradas no mercado. —Enxergamos esse novo momento da Norsul e novos negócios como um reflexo natural da nossa dedicação diária que reúne confiança, qualidade e muito trabalho para oferecer aos nossos clientes os melhores serviços no transporte marítimo — afirma o diretor-presidente.

Rodrigo Cuesta, diretor Financeiro da Norsul, pontua que a empresa tem hoje várias iniciativas de diversificação em estudo e explica que a joint-venture Norcoast é um exemplo de como a Norsul projeta a inovação no negócio. —Quando falamos de Norsul, estamos buscando ampliar nosso escopo de atuação e o primeiro passo que demos foi essa joint-venture. O apetite de investimento da Norsul no Brasil é crescer no setor de transporte aquaviário, complementando a oferta para nossos clientes atuais e futuros. Faz parte do nosso plano de crescimento trabalhar também com parcerias. Elas são importantes para acelerar e trazer segurança para novas operações— reforça.

Segundo Fabiano Lorenzi, diretor Comercial, as embarcações da companhia são capazes de atender ao comércio marítimo entre diferentes portos brasileiros e da América do Sul: —Transportamos hoje uma grande variedade de granéis líquidos, incluindo cargas químicas, biocombustíveis, derivados claros e petróleo. Na frota, temos navios graneleiros e multipropósito, navios especializados para químico e cimenteiro, além dos comboios oceânicos, com uma expertise sexagenária— pontua.

Parcerias e transformação cultural apoiam o crescimento da Norsul —Outra parceria que deu certo é um investimento para otimizar eficiência energética nas embarcações, tecnologia desenvolvida junto à startup BioRen, de combate à bioincrustação, processo natural de colonização e crescimento de organismos em superfícies submersas. O projeto usa campos eletromagnéticos para evitar o crescimento marinho indesejado, sem agredir o meio ambiente. A solução é inédita no mercado. A empresa também utiliza outros parceiros e foca em tecnologias 4.0 e IoT como parte de sua estratégia de ampliar a eficiência energética de suas embarcações e operações.

Para além de lidar com a necessidade atual do mercado de navegação, a Norsul também vem investindo em estratégias para apoiar os objetivos de crescimento da empresa. Aline Carvalho, gerente executiva de Gente e Gestão, é responsável pela estratégia de transformação cultural da Norsul, que tem a ambição de apoiar o crescimento da companhia e, acima de tudo, a missão de perpetuar o grande legado do seu fundador. Um dos resultados desta transformação foi o aumento da presença feminina nos cargos de gestão de 25% para 33% ao longo de quatro anos, um marco relevante em um mercado ainda predominantemente masculino. Além disso, a empresa reviu sua estrutura organizacional criando as áreas de Novos Negócios, Inteligência de Mercado, Relacionamento com o Cliente, Compliance e Jurídico, todas com foco em atuar na execução da estratégia de negócio.

Uma história de protagonismo na navegação — Nos últimos 20 anos, a Norsul inovou e trouxe ao Brasil o conceito de comboios oceânicos, projetando e construindo sua frota e assinando contratos de longo prazo. De lá para cá, a companhia permaneceu registrando uma trajetória de evolução e sucesso:

Em 2003, iniciou as operações do tráfego Caravelas, entre o sul da Bahia e o Espírito Santo. Por volta dessa época, começou a apoiar o Instituto Baleia Jubarte, além de buscar formas de orientar e treinar sua tripulação para evitar qualquer imprevisto com os animais, visto que as barcaças passam por Abrolhos, berço reprodutivo das baleias.

Em 2014, por meio de parceria com uma empresa chilena, entrou no mercado de transporte de líquidos. Desse movimento, a companhia desenvolveu expertise e permanece com oportunidades de expansão em diversos pontos da cadeia de valor, do alívio da plataforma até a cabotagem de derivados.

Em 2019, a Norsul se tornou a primeira empresa brasileira de navegação (EBN) a transportar cimento e clinquer, ao adquirir um cement carrier. O volume anual do transporte de cimento fica em torno de 250 mil toneladas por ano, um potencial de redução de 6.250 caminhões nas estradas.

Em 2022, o Norsul 12 se tornou a primeira barcaça roxa da qual se tem notícia. A Norsul também deu início à rota de biocombustível do Paraná a Pernambuco.