Da marcenaria artesanal ao descarte responsável de materiais, Harmony na rota de crescimento com estilo tropical brasileiro .
O cenário é positivo para o mercado mobiliário sustentável dentro e fora do país. A marca Harmony do empresário brasileiro, Salim Antoine Skaf, com fábrica em Miami, e que aportou no Brasil ao final de 2022, deverá faturar de US$ 6 milhões em 2023 com a venda de móveis para interiores. No Brasil, esse nicho de mercado de móveis movimentou R$ 10 bilhões em 2022.
De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o setor de móveis de madeira é um dos principais exportadores do Brasil, e o incentivo fiscal da isenção de taxa de exportação é um atrativo. O volume de exportação de móveis de madeira do Brasil em 2022 foi de 252,5 mil toneladas, o que representa um valor de US$ 810,9 milhões. Esse montante retrata um aumento de 16,8% na comparação com o ano anterior.
A marca Harmony exporta para o Estados Unidos, Barcelona, Canadá, e atende ao mercado interno do país, se tornando uma referências na qualidade de móveis de marcenaria. Segundo o engenheiro de computação e empresário brasileiro, Salim Antoine Skaf, dono da marca Harmony, os negócios nos Estados Unidos deram tão certo que a Harmony Brasil veio para atender à demanda própria por marcenaria, mas expandiu. —Planejamos maior crescimento dos negócios para 2024, incluindo o comércio eletrônico com a transformação digital no nicho de produção de móveis para interiores ainda pouco explorada. As novas tecnologias permitirão entregas rápidas e de qualidade, porém diferenciadas do mercado do conglomerado multimarcas. Teremos projetos com projeção de linhas com imagem, luz, sombra e cores, dentre outros recursos gráficos com a tecnologia 3D —complementa o engenheiro.
Melhores respostas nos processos produtivos — Segundo Salim Skaf, atender a um mercado exigente por produtos sustentáveis exige uma curadoria de materiais para marcenaria e revestimento com menor agressão possível ao meio ambiente, tal como o uso de verniz à base d’água e madeiras certificadas. “A tecnologia está à frente da nossa da produção, assim como o design que preconiza as formas da natureza. Buscamos por melhores respostas nos processos produtivos, cujo propósito é o de otimizar uso de materiais e aproveitamento de resíduos para reciclagem em cadeias de suprimentos, bem como a rastreabilidade total na cadeia produtiva”, enfatiza o engenheiro de computação.
Um olhar voltado para o mercado americano e que acertou no Brasil — A marca Harmony foi concebido a partir da observação da demanda do mercado americano por móveis para interiores sofisticados e produção menos agressiva ao meio ambiente. —A Harmony foca no estilo ‘tropical brasileiro’, que foge do padrão dos móveis planejados e materiais poluentes, dentre outros fatores, como mão de obra escrava. A Harmony Brasil supre, ainda, a demanda mão de obra especializada em carpintaria —ressalta Salim. | Mônica Coronel