Conta com a relação de interdependência entre mineração e fontes de energias renováveis. Ambos setores são fundamentais na transição para uma economia de baixo carbono, mas é crucial buscar abranger toda a cadeia produtiva, como é o caso da Fênix DTVM, empresa especialista em distribuição de ouro.
A transição para uma economia com baixas emissões de carbono tem sido um dos desafios mais urgentes desta década, impulsionado pela necessidade de mitigar as mudanças climáticas que geram o aquecimento global. Umas das frentes fundamentais para essa transformação são as fontes de energias renováveis, tema que foi amplamente debatido por diferentes líderes brasileiros na Semana do Clima em Nova York, no mês de setembro. Entretanto, pouco se fala acerca da relevância da mineração na produção destes recursos, e como os dois setores estão mais interligados do que se poderia imaginar à primeira vista.
Enquanto as fontes renováveis emergem como alternativas ambientalmente amigáveis aos combustíveis fósseis, a mineração desempenha um papel central fornecendo os insumos necessários para sua fabricação. —O silício, cobre, lítio e outros minerais são essenciais na produção de painéis solares, turbinas eólicas, baterias de armazenamento e demais componentes-chave das energias limpas. Isso cria uma dependência direta da mineração para a viabilidade das energias renováveis —explica Talita Galvão, Gerente de ESG da Fênix DTVM, empresa especialista em distribuição nacional e internacional de ouro.
—Paralelamente, a indústria minerária tem passado por um importante processo de transformação em direção à sustentabilidade. Cada vez mais as empresas do setor estão adotando essas mesmas tecnologias de energias limpas para reduzir as emissões de carbono em suas próprias operações —completa.
Além disso, por ser uma área que consome energia de forma intensiva, os gastos com este recurso podem chegar até a 30% do total das despesas operacionais de uma mineradora, conforme apontam os dados de um estudo conduzido pela Deloitte, empresa especializada em auditoria e consultoria corporativa. Em contrapartida, de acordo com o mesmo levantamento, a implementação de fontes renováveis pode gerar uma redução de 25% nos gastos de uma operação em andamento, e de 50% para as minas que ainda iniciarão suas atividades.
—Os combustíveis fósseis utilizados nos maquinários e veículos, além de causarem um impacto ambiental negativo, também geram muitas despesas que não fazem sentido a longo prazo. Por isso, a oportunidade de implementar soluções sustentáveis traz lucros tanto para saúde do meio ambiente quanto para negócio —diz Talita.
Uma das metas estabelecidas pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) na Agenda ESG da Mineração do Brasil é a ampliação do consumo de energia vinda de fontes renováveis em 15% até 2030 dentro do setor. Por isso, é crucial olhar para a cadeia produtiva como um todo, a fim de inserir os processos sustentáveis de forma integral e fazer com que esta indústria, que é fornecedora, torne-se também uma grande consumidora de fontes limpas, de forma que ambas atuem de maneira interdependente na missão de reduzir as emissões de carbono no planeta.
Oportunidades para transformar o país em uma potência verde — Durante sua passagem pela Semana do Clima de Nova York, o ministro da Fazenda Fernando Haddad defendeu a posição privilegiada do país no cenário global da transformação ecológica. Segundo o ministro, por ter uma parte significativa da produção de energia proveniente de fontes verdes, o Brasil tem o potencial de atrair a atenção do mundo, podendo se tornar exportador de energias limpas com lítio e hidrogênio, ou usar parte do recurso para a produção e exportação de produtos verdes.
Nesse sentido, à medida que o planeta se esforça para alcançar as metas de emissões líquidas zero, pode ser interessante ampliar os debates sobre a conexão mútua entre as energias renováveis e a mineração. —Ambas desempenham papéis vitais na transição para uma economia de baixo carbono, com grande potencial de alavancar as ações sustentáveis de diversos segmentos da indústria e posicionar o Brasil como uma potência verde— finaliza Talita.