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22/09/2023

Marinha assina acordo com a PUC-Rio

Para desenvolvimento de estudos nas Operações Humanitárias. Parceria promoverá intercâmbio entre pesquisadores e militares.

Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) da Marinha do Brasil (MB) assinou, no dia 18 de setembro (segunda-feira), um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). O objetivo do acordo é promover um intercâmbio entre pesquisadores e militares, a fim de ampliar a produção de artigos científicos e realizar melhorias nos planos, estudos e doutrinas de Operações Humanitárias, de Apoio à Defesa Civil e de Operações de Paz.

O ACT foi assinado pelo comandante-geral do CFN, almirante de Esquadra (Fuzileiro Naval) Carlos Chagas Vianna Braga, e pelo reitor da universidade, Padre Anderson Antônio Pedroso, na Fortaleza de São José, no Rio de Janeiro (RJ). Além de membros da Marinha e da PUC-Rio, estiveram presentes representantes da Arquidiocese do Rio de Janeiro, da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ). 

Para o Padre Anderson Pedroso, a parceria com a Marinha é motivo de honra, por se tratar de uma instituição na mesma sintonia e convergência da PUC-Rio. —Fico muito feliz de poder contar com a Marinha, porque a gente tem o mesmo princípio: a missão, a disciplina, a seriedade, a excelência e, sobretudo, esse ethos de estarmos a serviço— afirmou. 

Além disso, o reitor fez questão de ressaltar a origem militar da instituição que ele administra. —O nosso fundador, Santo Inácio de Loyola, foi militar. Ele foi ferido em batalha, ficou seis meses em convalescênça e começou a ler sobre a vida dos santos. Depois disso, ele entendeu que a batalha que ele deveria travar não era no serviço militar, mas no serviço religioso. Só que ele trouxe do serviço militar toda uma formação, maneira de pensar e estratégias— disse.

De acordo com o comandante-geral do CFN, assim como os Jesuítas, os Fuzileiros Navais também estão sempre prontos para o emprego e possuem uma capacidade expedicionária de estar em qualquer lugar. —No início do ano, a Marinha enviou o seu maior navio, com Fuzileiros Navais embarcados, para o litoral sul de São Paulo, a fim de montar um hospital de campanha para atender às vítimas das enchentes e deslizamentos. No ano passado, não foi diferente. Houve uma grande tragédia em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, e nós atuamos junto com o Corpo de Bombeiros— recordou.

O almirante Carlos Chagas lembrou que a prioridade da MB é garantir a soberania do País. No entanto, as atividades de assistência humanitária têm ocorrido com muita frequência. —A missão principal da Marinha é a defesa da Pátria, mas nós também possuímos outras tarefas. Falo das ações com o emprego limitado da força e das atividades benignas. Nesse último caso, a força não é empregada, como na assistência humanitária, no apoio à Defesa Civil e nos projetos sociais de Defesa, a exemplo do Programa Forças no Esporte —destacou.

Após a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica, representantes da Marinha, da PUC-Rio, da Arquidiocese do Rio de Janeiro, da Defesa Civil e do CBMERJ assistiram apresentações das Bandas Marcial e Sinfônica do CFN, no Pátio Almirante Maximiano.

A Banda Marcial formou as figuras do Cristo Redentor e da âncora, além de ter apresentado as palavras CBMERJ e PUC-Rio. Já a Sinfônica executou canções populares, como “Tom Carioca”, do maestro Tom Jobim, —Romaria” em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, e —Um Mundo Ideal”, com a participação especial do coral de alunos do Programa Forças no Esporte (Profesp). | Agª Marinha