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02/09/2023

Superávit da balança comercial registra US$ 9,77 bilhões em agosto de 2023, diz Secex/MDIC

Nos oito meses do ano o superávit chegou aos US$ 63,32 bilhões. As exportações no acumulado do ano foram puxadas pela agropecuária e indústria extrativa e indústria de transformação.

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 9,77 bilhões, com crescimento de 137,8%, e a corrente de comércio diminuiu -8,4%, alcançando US$ 52,65 bilhões no mês de agosto comparado a igual mês do ano anterior. As exportações cresceram 1,4% e somaram US$ 31,21 bilhões. As importações caíram -19,6% e totalizaram US$ 21,44 bilhões. US$ 9,77 bilhões, com crescimento de 137,8%, e a corrente de comércio diminuiu -8,4%, alcançando US$ 52,65 bilhões, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior(Secex), do Ministério do Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

As exportações no acumulado dos oito meses do ano de 2023 cresceram 0,3% e somaram US$ 225,41 bilhões, em comparação a igual período do ano anterior. As importações no período caíram -10,4% e totalizaram US$ 162,09 bilhões. Como consequência destes resultados, a balança comercial apresentou superávit de US$ 63,32 bilhões, com crescimento de 44,8%, e a corrente de comércio registrou queda de -4,5%, atingindo US$ 387,50 bilhões.

De janeiro a agosto, o desempenho dos setores apareceram da seguinte forma — crescimento de 16,2% em Agropecuária, que somou US$ 7,75 bilhões; queda de -0,3% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 6,99 bilhões e, por fim, queda de -3,9% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 16,24 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.

A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos seguintes produtos: milho não moído, exceto milho doce (10,8%), café não torrado (17,4%) e soja (14,8%) na agropecuária; outros minerais em bruto ( 41,7%), minério de ferro e seus concentrados ( 10,3%) e minérios de níquel e seus concentrados (166,2%) na indústria extrativa ; açúcares e melaços ( 54,4%), farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais ( 25,4%) e bombas, centrífugas, compressores de ar, ventiladores, exaustores, aparelhos de filtrar ou depurar e suas partes (136,5%) na indústria de transformação.

Alguns produtos registraram diminuição nas vendas, tais como: produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (-26,3%), Mel natural (-53,4%) e mate, extrato, essência e concentrado (-30,4%) na agropecuária; minérios de cobre e seus concentrados (-29,0%), Outros minérios e concentrados dos metais de base ( -2,1%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus ( -6,6%) na indústria extrativa ; carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (-32,9%), Celulose (-21,2%) e veículos automóveis de passageiros (-38,2%) na indústria de transformação.

Acumulado no ano — Nos oito meses do ano, os resultados por setores em comparação com igual período do ano anterior apresentaram crescimento de 7% em agropecuária, que somou US$ 57,45 bilhões; queda de -3,7% em indústria extrativa, que chegou a US$ 48,40 bilhões e, por fim, queda de -1,4% em indústria de transformação, que alcançou US$ 118,08 bilhões. A associação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.

De acordo com o MDIC, esta conjuntura de crescimento nas exportações foi influenciada pelo crescimento das vendas nos seguintes produtos: animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (150,2%), milho não moído, exceto milho doce (34,4%) e soja (8,7%) na Agropecuária; outros minerais em bruto (33%), minérios de cobre e seus concentrados (17%) e Minérios de metais preciosos e seus concentrados (10.266,7%) na indústria extrativa ; açúcares e melaços (40,7%), farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (12,3%) e partes e acessórios dos veículos automotivos (22,2%) na indústria de transformação.

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: trigo e centeio, não moídos (-13%), café não torrado (-18,7%) e algodão em bruto (-41,1%) na agropecuária; minério de ferro e seus concentrados (-6,5%), minérios de níquel e seus concentrados (-17,2%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-4%) na indústria extrativa ; carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (-25,2%), óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-15,6%) e ouro, não monetário (excluindo minérios de ouro e seus concentrados) (-24%) na indústria de transformação.

Importações— O desempenho das importações por setor de atividade econômica nos oito meses de 2023 apresentou seguinte: queda de -35,3% em agropecuária, que somou US$ 0,37 bilhões; queda de -32,3% em indústria extrativa, que chegou a US$ 1,15 bilhões e, por fim, queda de -18,3% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 19,77 bilhões. A combinação destes resultados motivou a queda das importações.

O movimento de queda nas importações foi influenciado pela redução das compras dos seguintes produtos: trigo e centeio, não moídos (-65,0%), milho não moído, exceto milho doce (-37,9%) e Látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (-42,1%) na agropecuária; carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-58,0%), Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus ( -5,6%) e gás natural, liquefeito ou não (-69,9%) na indústria extrativa ; óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-41,3%), compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas (-38,2%) e adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (-45,1%) na indústria de transformação.

Os seguintes produtos tiveram aumento: pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado ( 3,6%), tabaco em bruto (170,3%) e Outras sementes oleaginosas de copra ou linhaça ( 42,5%) na Agropecuária; Pedra, areia e cascalho ( 61,4%), Outros minerais em bruto ( 17,8%) e minério de ferro e seus concentrados ( 16.823,1%) na indústria extrativa ; tubos e perfis ocos, e acessórios para tubos, de ferro ou aço (142,2%), geradores elétricos giratórios e suas partes ( 70,1%) e veículos automóveis de passageiros (36,7%) na indústria de transformação.

Acumulado no ano — Quando comparado com o mesmo período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: queda de -21,8% em Agropecuária, que somou US$ 3,03 bilhões; retração de -24,6% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 11,28 bilhões e queda de -8,7% em indústria de transformação, que alcançou US$ 146,56 bilhões. A combinação destes resultados levou a queda do total das importações.

Esta conjuntura de queda nas importações foi influenciada pela queda das compras dos seguintes produtos: trigo e centeio, não moídos (-38%), milho não moído, exceto milho doce (-61,3%) e látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (-43,1%) na agropecuária; Outros minérios e concentrados dos metais de base (-16,6%), Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-31,1%) e gás natural, liquefeito ou não (-72%) na indústria extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-23,3%), Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (-48,6%) e válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (-21,7%) na indústria de transformação.

Os seguintes produtos tiveram aumento: cevada, não moída (13,1%), frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (18%) e cacau em bruto ou torrado (304,1%) na agropecuária; Pedra, areia e cascalho (25,3%), minério de ferro e seus concentrados (136,7%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (10,7%) na indústria extrativa ; Outros medicamentos, incluindo veterinários (28,1%), tubos e perfis ocos, e acessórios para tubos, de ferro ou aço (70,3%) e veículos automóveis de passageiros (48,1%) na indústria de transformação.

Principais parceiros comerciais: China, Hong Kong e Macau — As exportações para a China, Hong Kong e Macau no mês de agosto/2023, cresceram 17,2% e somaram US$ 9,46 bilhões. As importações diminuíram -22,1% e totalizaram US$ 5,09 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou superávit de US$ 4,37 bilhões e a corrente de comércio diminuiu -0,4% alcançando US$ 14,55 bilhões.

No acumulado dos oito meses de 2023, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para China, Hong Kong e Macau cresceram 8,1% e atingiram US$ 68,98 bilhões. As importações caíram -12,5% e totalizaram US$ 35,25 bilhões. Consequentemente, neste período, a balança comercial apresentou superávit de US$ 33,73 bilhões e a corrente de comércio expandiu-se em 0,1% somando US$ 104,23 bilhões.

União Europeia — As vendas para a União Europeia, caíram -5,0% e chegaram US$ 4,15 bilhões. As importações diminuíram -3,4% e totalizaram US$ 3,92 bilhões. Assim, a balança comercial com este bloco resultou num superávit de US$ 0,23 bilhões e a corrente de comércio diminuiu -4,2% alcançando US$ 8,06 bilhões.

No acumulado dos oito meses de 2023, em relação a igual período do ano anterior, as exportações para a União Europeia caíram -10,5% e atingiram US$ 30,40 bilhões. As importações cresceram 10,0% e totalizaram US$ 31,53 bilhões. Consequentemente, neste período, a balança comercial com este bloco comercial apresentou déficit de US$ -1,13 bilhões e a corrente de comércio diminuiu -1,1% somando US$ 61,94 bilhões.

Estados Unidos — As exportações para os Estados Unidos, em agosto/2023, caíram -6,2% e somaram US$ 3,37 bilhões. As importações diminuíram -36,9% e chegaram a US$ 3,21 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial resultou num superávit de US$ 0,16 bilhões e a corrente de comércio registrou queda de -24,2% alcançando US$ 6,58 bilhões.

No acumulado dos oito meses de 2023, em relação ao mesmo período do ano anterior, as exportações para os Estados Unidos caíram -3% e atingiram US$ 23,75 bilhões. As importações caíram -25,0% e totalizaram US$ 26,20 bilhões. Dessa forma, neste período, a balança comercial para este país apresentou déficit de US$ -2,45 bilhões e a corrente de comércio diminuiu -15,9% chegando a US$ 49,95 bilhões.

Argentina — As exportações para a Argentina, no mês de agosto/2023, caíram -8,4% e somaram US$ 1,43 bilhões. As importações diminuíram -13,3% e totalizaram US$ 1,14 bilhões. Logo, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou superávit de US$ 0,29 bilhões e a corrente de comércio diminuiu -10,7% alcançando US$ 2,57 bilhões.

No acumulado de oito meses de 2023, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para a Argentina cresceram 19,6% e atingiram US$ 12,46 bilhões. As importações caíram -5,0% e chegaram US$ 8,07 bilhões. Com isto, neste período, a balança comercial para este país apresentou saldo positivo de US$ 4,40 bilhões e a corrente de comércio expandiu-se em 8,5% totalizando US$ 20,53 bilhões.