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02/09/2023

Produtividade na indústria cai e volta ao patamar de 2014, dia CNI

Queda de 2,8% foi a segunda maior da série histórica, e 2022 foi o terceiro ano consecutivo com redução no indicador. Na comparação com concorrentes, desempenho do Brasil é o mais fraco de 11 países.

Produtividade brasileira foi a que menos cresceu entre 2019 e 2021 — A produtividade do trabalho efetiva caiu 9% entre 2019 e 2021. O indicador compara a produtividade da indústria brasileira com a média de seus dez principais parceiros comerciais — Reino Unido, Coreia do Sul, Argentina, Países Baixos, Estados Unidos, México, Itália, Alemanha, Japão e França. O indicador reverteu a trajetória de crescimento observada entre 2011 e 2019, e desde então registra quedas.

O desempenho registrado pelo Brasil foi o mais fraco, praticamente empatado com a França, com perda de 5,2% de produtividade entre 2019 e 2021. Entre os 11 países analisados, só o Brasil, a França e o Japão ainda apresentam produtividade abaixo do nível pré-pandemia.

Desde o início da série, em 2000, a produtividade efetiva brasileira acumula queda de 23%. No mesmo período, a produtividade da indústria de transformação brasileira cresceu 9,2%, à frente apenas do crescimento da indústria manufatureira japonesa (4,8%). Todos os 11 países analisados registraram alta no mesmo período. Os maiores aumentos foram observados na Coreia do Sul e no Reino Unido, que conseguiram mais do que dobrar a produtividade de seus trabalhadores, com alta de 132,2% e 127%, respectivamente.

— Esse indicador mostra que mesmo quando a produtividade do Brasil cresce, o país pode perder competitividade frente aos parceiros que apresentam um desempenho melhor que o dele. Na média, a produtividade do Brasil caiu 23% desde 2000 em relação aos dez concorrentes. As dificuldades do contexto global afetaram todos os países, mas foram mais sentidos pelo Brasil, que teve o pior desempenho. Superadas as dificuldades conjunturais, a recuperação da produtividade passa pela criação das condições para a retomada dos investimentos —afirma Samantha Cunha.