Em sua primeira turma presencial. Programa socioeconômico leva profissionais da agência para dentro da comunidade com intuito de formar jovens e prepará-los para o mercado de comunicação.
A AlmapBBDO anuncia a quarta edição do Sala Almap, desta vez em parceria com o cliente G10 Favelas, bloco de Líderes e Empreendedores de Impacto Social das Favelas. Pela primeira vez, a agência realiza as aulas de forma presencial, no Pavilhão do Bloco, em Paraisópolis (SP).
A nova edição retoma e reforça a proposta do projeto em atuar lado a lado com instituições especializadas em atenção a grupos de inclusão socioeconômica. Lançado em 2020, durante a pandemia, o projeto tem como objetivo fomentar efetivamente a formação de jovens talentos com foco no mercado de comunicação, contribuindo para levar oportunidades para um número maior de pessoas. As três primeiras edições foram realizadas em parceria com instituições sociais, tal como a Adus, uma ONG voltada para refugiados; a Casa do Zezinho, voltada para população jovem em situação vulnerável; e o Perifa Lions, que dá visibilidade para futuros nomes da publicidade que vivem em periferias.
Ao todo, mais de 100 de pessoas já foram impactadas pelo Sala Almap, com uma taxa de 70% em retenção ao longo das aulas. A estimativa é de que pelo menos 80% dos alunos tenham conseguido uma posição no mercado de trabalho nos meses que se seguiram. Segundo Fernanda Tedde, COO da AlmapBBDO, esses resultados são a evolução de uma ideia que surgiu após o título de Agência da década no Cannes Lions, passando a exercer um papel de responsabilidade social ainda maior.
“Entre as várias iniciativas que temos com nosso cliente G10, consideramos a capacitação de jovens da favela um projeto que esperamos que seja duradouro e a longo prazo. O plano é extender para outros cursos e para além de Paraisópolis nos próximos semestres”, destaca Fernanda.
Com previsão de duração até novembro, a quarta edição é dividida em três módulos: Trilha Publicitária, Trilha Audiovisual e Inclusão no Mercado (que desenvolverá soft skills). Com aulas semanais, os jovens têm a oportunidade de conhecer sobre o mercado publicitário, incluindo processos criativos, ferramentas, estratégia e posicionamento de marca. Além disso, essa também é a primeira vez que os alunos terão aulas com direcionamento para produção audiovisual, especialmente porque o próprio Pavilhão abriga os estúdios do +FavelaTV e do Sou+Filmes de Favela, projetos do Grupo Sou+Favela, o maior ecossistema de comunicação e entretenimento na periferia, impulsionados pelo G10 Favelas.
Para Gilson Rodrigues, Presidente do G10 Favelas, essa é mais uma iniciativa com a agência que visa quebrar a barreira entre asfalto e favela. “O mercado publicitário é notoriamente um meio formado por pessoas de maior poder aquisitivo, então aqui temos uma chance de incluir jovens periféricos, e com isso levar a cultura da criatividade das favelas para fora dela”.
Essa parceria entre G10 Favelas e AlmapBBDO já tem gerado muitos resultados positivos e um deles foi o destaque que o bloco de líderes recebeu no festival de Cannes Lions deste ano. “Fomos finalistas do maior festival de criatividade e publicidade do mundo, e com a confiança e parceria da AlmapBBDO fomos responsáveis pela produção dos filmes, o que elevou o nosso sarrafo de qualidade, nos colocando na ‘série A’ de produtoras”, comenta Marx Rodrigues, CEO da produtora audiovisual do G10 Favelas.
“A potência criativa do jovem brasileiro é obviamente impressionante, mas, para cada jovem que consegue furar a bolha, há centenas que ficam para trás. Fazendo um paralelo, é como se o mercado de comunicação construísse uma hidrelétrica num riacho e desprezasse o rio caudaloso que corre ao lado. Criamos a Sala Almap com o desafio de tentar trazer esses talentos não só para o mercado, mas para toda a indústria criativa. Então trabalho aqui não falta”, destaca Eduardo Nasi, diretor de Insights Culturais da Almap, que está à frente do projeto desde sua primeira edição.
A turma atual conta com 20 alunos, entre eles jovens transsexuais, negros e mulheres, todos moradores da comunidade. A iniciativa faz parte do Comitê de Diversidade da AlmapBBDO.