A partir de agora, o Banco poderá criar tokens para simular transações com outras instituições
O Banco do Brasil instalou o seu nó validador na rede blockchain, que será utilizada para o piloto do Real Digital. A iniciativa marca o início dos testes do Real Digital no BB. A partir de agora, o Banco poderá criar tokens para simular transações com outros bancos e verificar se o ambiente de negociação é capaz de oferecer escalabilidade, interoperabilidade, segurança e privacidade para o uso da moeda virtual.
A participação do Banco do Brasil no piloto ratifica o compromisso da instituição em assumir uma postura de vanguarda na adoção de tecnologias e inovações para o mercado financeiro. —Somos uma das instituições que mais investe em TI no Brasil. Além disso, temos atuação destacada em projetos conduzidos pelo BC, como Pix e Open Finance. Com o Real Digital não haveria de ser diferente —afirma Marisa Reghini, vice-presidenta de negócios digitais e tecnologia do BB.
O Real Digital será a porta para acesso à economia tokenizada. O tokens poderão ser registrados na rede do Real Digital e a liquidação das negociações será feita com moeda segura emitida pelo Banco Central. Com isso, uma infinidade de inovações e casos de uso poderão ser estruturados, com segurança regulatória e a robustez do Sistema Financeiro Nacional.
—Teremos a possibilidade de melhorar serviços bancários, com a adoção da tecnologia blockchain e a tokenização. Podemos prever que um financiamento de um imóvel, por exemplo, será realizado em questão de horas. Isso acontecerá uma vez que tanto o dinheiro quanto o imóvel serão tokenizados. Todos os participantes obrigatórios desse processo estarão conectados em uma única rede. Esse é um caso de uso que tem potencial para trazer comodidade aos clientes, melhorar a eficiência da operação, reduzir custos e ampliar o mercado— explica Marisa.
Outro mercado que se beneficiará muito com a tokenização é o de investimentos. “Poderemos tokenizar títulos públicos ou privados, encarteirados ou não, distribuindo-os de forma fracionada para pequenos investidores”, continua Reghini.
O BB faz estudos sobre tecnologia blockchain desde 2015, implementando casos de uso desenvolvidos internamente e em parceria. Recentemente, dentro do seu programa de Corporate Ventures Capital, o BB investiu na Bitfy, empresa especializada em infraestrutura para operações e criação de aplicações utilizando blockchain.