cd-mercado-livre

03/08/2023

Mercado Livre registra receita total de US$ 3,4 bilhões no 2T23, alta de 57,3%

Lucro líquido cresceu acima de 113% na comparação anual. Vendas impulsionam resultados recordes do Mercado Livre no período. Volume de vendas trimestrais do marketplace ultrapassou US$ 10 bilhões pela primeira vez. Volume total de pagamentos processados pelo Mercado Pago superou a marca inédita dos US$ 42 bilhões. Receita líquida cresceu acima dos US$ 3,4 bilhões. Resultado operacional dobrou, com novo recorde a US$ 558 milhões e expansão da margem em todos os negócios e geografias. Com oito milhões de novos usuários ativos, a base anual ativa do ecossistema superou 108 milhões ao final do trimestre.

O Mercado Livre (Nasdaq: MELI) — empresa líder em tecnologia para e-commerce e serviços financeiros da América Latina — encerrou o segundo trimestre com desempenho recorde, demonstrando a capacidade do seu modelo financeiro para entregar crescimento elevado e expansão de margem, à medida que o negócio ganha escala. No período, sua receita total alcançou US$ 3,4 bilhões, alta de 57,3%, em moeda constante, na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita foi fortemente alavancada pelo aumento da base de usuários. Com 8,1 milhões de novos usuários, a base do ecossistema superou a marca de 108,6 milhões de usuários ativos, aumento de 29%. O resultado operacional atingiu US$ 558 milhões, crescimento de 123,7% em dólar e margem de 16,3%, com contribuição de todas as geografias e negócios, sobretudo no Brasil e México.

Entre abril e junho, o lucro líquido chegou aos US$ 261,9 milhões — US$ 5,22 por ação — 113% acima na comparação anual. A geração de caixa operacional se manteve sólida no período, permitindo que a posição total atingisse US$ 3,8 bilhões no segundo trimestre do ano.

A receita líquida do negócio de commerce aumentou 64,8% em moeda constante na comparação anual, para US$ 1,9 bilhão, resultado do crescimento do volume de vendas no período, quando o total de compradores únicos atingiu a 47,6 milhões, alta de 16,6%. Já a receita líquida de fintech atingiu US$ 1,5 bilhão, crescimento de 48,4% em moeda local. No segundo trimestre, o Mercado Pago ultrapassou 45,3 milhões de usuários ativos, alta de 18,3% — somente nos últimos 12 meses, mais de 7,1 milhões de novos usuários foram adicionados.

—Este resultado trimestral é uma prova do potencial para uma sólida expansão de margem combinada com taxas de crescimento acima do mercado. O rápido crescimento da receita e a expansão da margem foram amplos em todas as regiões e unidades de negócios, mostrando os pontos fortes de nosso modelo financeiro à medida que continuamos a crescer. Isso nos dá confiança enquanto continuamos a executar nossos planos de crescimento na América Latina— afirma Andre Chaves, vice-presidente sênior de Estratégia e Desenvolvimento Corporativo do Mercado Livre. —Dado o nosso otimismo sobre as muitas oportunidades de crescimento que ainda temos pela frente, pretendemos usar parte do espaço criado por essa alavancagem operacional para nos apoiar em certas áreas do negócio durante o segundo semestre do ano. Acreditamos que um componente central do nosso sucesso tem sido o compromisso em alocar capital com uma visão de longo prazo— completa.

Commerce —O volume de vendas (GMV) do marketplace superou os US$ 10,5 bilhões pela primeira vez, alta de 47,2% em moeda constante. Esse crescimento foi impulsionado principalmente por Brasil e México, que apresentaram forte aceleração no volume de produtos vendidos. Ao todo, foram comercializados 325,3 milhões de itens na América Latina, aumento de 18,2%, sendo 6,8 itens por comprador. O volume total de anúncios registrados na plataforma chegou a 424,1 milhões, aumento de 13,9%.

No trimestre, os três principais mercados entregaram sólido crescimento no volume de vendas, em moeda constante, sobretudo Brasil, que avançou 25%, e México, a 33%. Brasil e México reportaram 171,4 milhões e 76,9 milhões de itens vendidos, respectivamente, entre abril e junho.

No caso do Brasil, que segue ganhando market share de forma consistente, o índice de consideração de marca, medido de forma independente, atingiu seu maior nível em dois anos, refletindo a força da proposta de valor que impulsionou as vendas no período. O negócio de venda direta (1P) também se destaca, com melhora da margem e crescimento de 59% em moeda constante, acima da média nacional no segundo trimestre, complementando o sortimento e melhorando a competitividade de preços em eletroeletrônicos — a maior categoria do e-commerce expandido no Brasil.

Já o México, que já era o segundo maior mercado em itens vendidos desde o final de 2020, ultrapassou a Argentina como o segundo maior mercado em volume de vendas (GMV). O mercado mexicano ainda apresenta o maior crescimento em volume de produtos vendidos na região. O investimento na rede logística, com novos centros de distribuição e ampliação das opções de entrega, deve gerar envios mais rápidos na comparação com os concorrentes locais.

Na Argentina, ao mesmo tempo em que o ambiente macroeconômico desafiador reduz a demanda e restringe a oferta de produtos no curto prazo, pressionando o crescimento do volume de itens vendidos e do GMV local, aumenta a demanda por soluções financeiras que permitam aos consumidores administrar melhor seu dinheiro em um ambiente inflacionário. No Chile, por sua vez, a consideração da marca está em seu nível mais alto, liderando o mercado local pelo segundo trimestre consecutivo. As entregas no mesmo dia e no dia seguinte performam acima da média em relação aos demais mercados, com penetração recorde do modelo fulfillment.

Em toda América Latina, 318,5 milhões de itens foram enviados, aumento de 20,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Seguem significativos os avanços na execução e velocidade do Mercado Envios, cuja penetração atingiu 98,0% de toda operação, acima dos 96,0% registrados no mesmo trimestre de 2022. Desse total, mais de 93,9% corresponde à rede gerenciada do Mercado Livre — sendo 46% dos envios via modelo fulfillment. Do volume geral de mercadorias, quase 80% foi entregue em até 48 horas e cerca de 56% no mesmo dia ou no dia seguinte à compra – um novo recorde. O Brasil se destaca, mais uma vez, pelo aumento da penetração do modelo fulfillment, ampliando as entregas no mesmo dia para milhões de itens.

Os serviços de publicidade digital, liderados por Mercado Ads, mantêm ritmo consistente de crescimento, sobretudo devido ao aumento no número de vendedores que usam esse serviço. No segundo trimestre, foi maior o número de anúncios registrados, crescimento de 60,9% na comparação com o mesmo trimestre de 2022. A partir dos investimentos em tecnologia, que melhoram a performance e engajamento dos anúncios no ecossistema, a receita deste negócio manteve crescimento sólido, pelo quinto trimestre consecutivo, correspondendo a 1,6% do GMV da operação de marketplace, superior ao mesmo período de 2022.

Fintech — O volume total de pagamentos (TPV) via Mercado Pago atingiu US$ 42,0 bilhões pela primeira vez, crescimento de 96,6% em moeda constante. Destaque para México, cujo volume de pagamentos cresce, representando uma grande oportunidade para expansão de novos produtos e serviços – sobretudo de carteira digital, cartão de crédito e seguros – junto a comerciantes e usuários de pagamento.

No Brasil, a melhora dos modelos de crédito permitiu voltar a acelerar a emissão de cartões, assim como possibilitou melhorar sequencialmente a margem e a inadimplência da operação, que permaneceu estável beneficiada pelo maior controle da originação. O número de usuários da conta remunerada aumentou substancialmente, contribuindo para um aumento de 90% no volume de ativos sob gestão, sobretudo devido ao pagamento de rendimento a usuários sobre todo o valor depositado na conta, constituindo uma das melhores propostas de valor do mercado.

O México se destaca ainda pelo crescimento acelerado do negócio de crédito, com rentabilidade e inadimplência estáveis, e penetração do crédito como meio de pagamento no marketplace acima da média de outros países, demonstrando a sinergia entre as plataformas commerce e fintech. O bom desempenho é observado também no processamento de pagamento via terminais POS, cujo volume de pagamentos (TPV) por terminal individual dobrou na comparação anual. Considerando novos usuários, cresce a triplo dígito o volume de pagamentos via terminais, assim como cresce a duplo dígito o volume de pagamentos online de novos usuários.

O ambiente inflacionário na Argentina, que estimula a busca por soluções para gestão financeira, ampliou em 80% o número de usuários de produtos de investimento e de recursos investidos, na comparação anual, resultado também do fortalecimento dos serviços de pagamentos, como QR e conta digital. No Chile, o volume total de pagamentos é impulsionado pelo crescimento, de três dígitos, do negócio de adquirência, com grande potencial ecossistêmico no longo prazo.

Na América Latina, o volume total de transações (TPN) no período aumentou 69,0%, ano contra ano, superando 2,1 bilhões no segundo trimestre pela primeira vez. O volume total de pagamentos via Mercado Pago, fora da plataforma do Mercado Livre, também mantém ritmo de crescimento, atingindo US$ 31,0 bilhões, alta de 128,7% em moeda constante.

O total de pagamentos processados pode ser dividido entre o volume total de cobranças processadas e o volume total de transações de contas digitais. O primeiro inclui cobranças na plataforma do Mercado Livre, cobranças online e cobranças processadas por meio das maquininhas de cartão POS e dispositivos QR, que totalizaram US$ 27,2 bilhões, crescendo 73,6% em moeda constante, ano contra ano.

O volume de transações por meio da conta digital, que inclui ainda transferências entre usuários do Mercado Pago, transações de cartão de crédito, débito e pré-pago, cresceu 181,8% em moeda constante, na comparação anual, totalizando mais de US$ 14,8 bilhões. Esse resultado demonstra o melhor engajamento dos usuários com os serviços da conta digital, assim como o produto de seguros ganha maior força à medida que a experiência e oferta dos serviços melhoram.

No período, foram distribuídas mais de 1,9 milhão de apólices de seguros, volume 188,0% maior do que aquele registrado no segundo trimestre do ano passado. No Brasil, México e Argentina, a companhia manteve sua oferta de produtos de seguro, tanto no marketplace como em fintech, com destaque para seguro de conta, de vida e de bens pessoais, que continuam superando expectativas em volume de apólices emitidas por usuário. Ao final do segundo trimestre, a companhia atingiu mais de 21,5 milhões de usuários únicos de produtos de investimento, aumento de 18,2%.

A carteira de crédito cresceu 21,0% na América Latina, atingindo US$ 3,3 bilhões. O período foi marcado pela boa lucratividade, resultado de uma postura que se manteve cautelosa em relação a originações, cuja inadimplência se manteve estável em operações de maior exposição, até 90 dias, sobretudo no México. A operação de cartões de crédito no Brasil segue rendendo bons resultados, assim como a carteira do México mantém crescimento rápido logo após o recente lançamento deste negócio naquele país.