andrew-speakman

26/07/2023

Efeitos do relatório do FED e das relações comerciais com a China

Na economia brasileira.

Nos últimos 12 meses, o FED aumentou a taxa de juros referencial na tentativa de controlar a economia dos EUA e conter a inflação, fazendo com que os mercados brasileiros continuem atentos no segundo semestre de 2023, para possíveis novos aumentos na taxa no país do Norte, em meio a um processo de valorização do real brasileiro, que está sendo negociado próximo a 4,5 por dólar.

Até o momento, a economia brasileira mostra sinais de crescimento, especialmente graças à recuperação comercial com a China, seu principal parceiro econômico em investimentos e financiamento; embora as projeções para a maior economia da América Latina não se afastem da tendência de desaceleração, com a reabertura da China, as exportações brasileiras, como soja e açúcar, estão em alta, marcando um superávit comercial sem precedentes.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Estatística, a indústria está enfrentando os efeitos das altas taxas de juros e restrições de crédito, ao contrário do bom momento do setor agrícola. No primeiro semestre do ano, a produção de petróleo foi a única área positiva do setor industrial, com quedas na manufatura, construção e serviços públicos.

Como apontado por Andrew Speakman, Latam Business Development director da Hantec Markets, as expectativas são positivas desde a assinatura de acordos entre a China e o Brasil, especialmente para a troca de informações sobre tecnologias da informação e comunicação (TICs), esperando que os mercados recebam sinais encorajadores sobre a abertura de novos investimentos, que até agora têm se concentrado em áreas como eletricidade e mineração. Além disso, há confiança de que a tendência de redução dos índices de preços ao consumidor continuará, o que permitirá que o Banco Central comece a reduzir as taxas de juros, que até agora se mantiveram em torno de 13,75%.

. Por: Andrew Speakman, Latam Business Development director da Hantec Markets