Créditos de carbono gerados no tratamento dos resíduos do Rio vão compensar mais de 170 mil toneladas de emissões de CO2 daDA COP30. Ciclus Rio e Caixa Econômica Federal neutralizam CO2 da conferência das Nações Unidas, em Belém, via beneficiamento de resíduos da capital fluminense. Participantes da COP podem adquirir créditos para compensar suas emissões.
Os créditos de carbono gerados na operação de tratamento e beneficiamento dos resíduos sólidos urbanos do município do Rio de Janeiro vão compensar as emissões de CO2 da COP30. Por meio de uma ação entre a Ciclus Rio, empresa responsável pela gestão integrada dos resíduos do Rio de Janeiro, e a Caixa Econômica Federal, serão neutralizadas mais de 170 mil toneladas de carbono com créditos gerados em 2018 e 2019 na operação da Ciclus no Centro de Tratamento de Resíduos do Rio (CTR Rio).

Os participantes e visitantes da COP30 têm, ainda, a opção de compensação voluntária, podendo calcular suas emissões, especialmente aquelas geradas por voos, e compensá-las através da aquisição de créditos de carbono, em totens espalhados pelo evento. O pagamento pode ser feito via cartão ou Pix, e o participante recebe um certificado digital de compensação.
O aterro sanitário bioenergético do CTR Rio é referência global em gestão de resíduos. No local, chegam 10 mil toneladas diárias de resíduos, que são beneficiados e transformados em ativos ambientais como biometano, energia elétrica e água para reúso. Diariamente, a operação gera cerca de 140 mil metros cúbicos de biometano por meio do tratamento e purificação do biogás resultante da decomposição do lixo.
A operação da Ciclus evita a emissão de 1 milhão de toneladas de CO2 na atmosfera por ano, viabilizando a conversão em créditos de carbono, os quais são registrados pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e emitidos pela United Nations Framework Convention on Climate Change (UNFCCC), da ONU.

— Créditos de carbono que foram gerados no tratamento do lixo do Rio de Janeiro agora são meios de neutralizar as emissões do maior evento do planeta sobre o clima, o que é muito simbólico. O setor de resíduos precisa participar de forma ativa da transformação, o que demanda também o envolvimento das pessoas— declara o diretor-presidente de Resíduos da Ciclus Ambiental, Bruno Muehlbauer.
A parceria com a Caixa Econômica Federal viabiliza a venda desses créditos e, na COP30, garante um movimento que dialoga com a sustentabilidade e a defesa de redução de emissões de gases do efeito estufa. O Inventário de Emissão de Gases do Efeito Estufa da COP30 será a referência para o uso dos créditos.
—Ao assumir a compensação integral das emissões de CO2 da COP30, a Caixa reforça o papel como agente de transformação, alinhado às práticas ambientais que já norteiam nossos projetos e operações. Juntos, seguimos promovendo um futuro mais verde e responsável para o Brasil—afirma o presidente da Caixa, Carlos Vieira.

Créditos são gerados no maior aterro bioenergético do Brasil — A Ciclus Rio é responsável por 10% do biogás produzido no Brasil e, no CTR Rio, esse gás com alto percentual de metano é drenado e enviado para tratamento. A maior parte é destinada a uma planta de purificação e transformada em biometano. São cerca de 140 mil m³ gerados diariamente e encaminhados para uso na indústria e abastecimento veicular, sendo um combustível limpo e que reduz em até 99% as emissões de gases do efeito estufa, em comparação a combustíveis fósseis.
A outra parte do biogás produzido vai para uma planta de geração de energia limpa, com capacidade de 2,8 MW – podendo chegar a 8,4 MW, após implementação de novos grupos geradores, previstos para início da operação ainda este ano.
Ao longo dos anos, essas atividades possibilitaram que a Ciclus Rio certificasse e emitisse mais de 4,1 milhões de créditos de carbono pela UNFCCC, da ONU.

Além disso, dois milhões de litros de chorume são encaminhados para beneficiamento por dia no aterro de Seropédica, por meio de tratamentos físicos, químicos e biológicos. O chorume é transformado em água desmineralizada e própria para reúso, em um volume suficiente para encher 219 piscinas olímpicas por ano.
Ciclus — A Ciclus Ambiental é a empresa que consolida os negócios do Grupo Simpar, existentes e futuros, no setor de saneamento e de gestão e valorização de resíduos.
Tem mais de 15 anos de expertise na gestão ambientalmente correta de resíduos sólidos urbanos, sendo responsável por uma das maiores operações de destinação, tratamento e beneficiamento de resíduos da América Latina.

Atualmente, está presente em duas capitais do Brasil — Ciclus Rio, no Rio de Janeiro (RJ) — Desde 2010, faz a gestão integrada dos resíduos do Rio de Janeiro, com a operação do maior aterro sanitário bioenergético da América do Sul, localizado em Seropédica, que recebe dez mil toneladas de resíduos por dia. | www.ciclusrio.com.br
Ciclus Amazônia, em Belém (PA) — Desde abril de 2024, é responsável pela gestão dos resíduos sólidos urbanos de Belém, incluindo serviços de coleta, varrição e disposição final dos resíduos.