Para prever falhas e aumentar a segurança do sistema elétrico. Iniciativa pioneira terá investimento de mais de R$ 2 milhões e utiliza modelos algorítmicos para elevar a eficiência e reduzir custos operacionais dos ativos elétricos.
A Engie avança na jornada de digitalização e modernização do setor elétrico com o desenvolvimento de um projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) que aplica Inteligência Artificial (IA) para prever falhas em transformadores de alta potência. Em parceria com a Radice Tecnologia, o projeto terá um investimento de R$ 2,36 milhões e será concluído em até 15 meses. A iniciativa é pioneira no uso de modelos algorítmicos avançados para antecipar análises de risco, prevenir incidentes graves, como incêndios e explosões, além de otimizar os custos de operação e manutenção dos ativos elétricos.
A solução propõe uma mudança estrutural no modelo de manutenção do setor elétrico, substituindo processos manuais e reativos por análises automatizadas em tempo real. Essa abordagem eleva a eficiência das operações e fortalece a segurança e a confiabilidade do sistema elétrico nacional.
De acordo com o Comitê Nacional Brasileiro de Produção e Transmissão de Energia Elétrica (Cigré), aproximadamente 30% das falhas em transformadores de 500 kV têm origem nas buchas, componentes essenciais desses equipamentos, e metade desses casos resulta em incêndios ou vazamentos de óleo. A tecnologia desenvolvida pela Engie atua justamente nessa etapa crítica, oferecendo diagnósticos precisos e prognósticos antecipados.
—Este projeto representa um marco na digitalização dos ativos elétricos. Ao integrar inteligência artificial com conhecimento técnico, estamos antecipando falhas e preparando as equipes para gerir riscos de forma responsável. É uma inovação baseada em dados que nos permite proteger nossas usinas, utilizando mecanismos mais precisos e confiáveis,—afirma Mário Wilson Cusatis, gerente de Gestão da Performance e Inovação da Engie.
A nova tecnologia será capaz de analisar automaticamente as informações coletadas por sensores on-line, validar alarmes, identificar os defeitos e prever sua evolução. Com isso, o tempo de resposta, que atualmente pode levar dias, será reduzido para minutos, tornando as decisões de manutenção mais rápidas e assertivas.
Outro diferencial é a abrangência da aplicação, considerando que os modelos de IA foram treinados de forma universal e podem ser utilizados em buchas de diferentes fabricantes e em usinas e subestações de variados perfis como hidrelétricas, eólicas ou solares.
—Nos últimos anos, a Engie direcionou investimentos estratégicos para fortalecer a inovação no setor elétrico, com foco em soluções que promovem eficiência, segurança e sustentabilidade. Inserir a tecnologia no centro da estratégia corporativa é essencial para aumentar a resiliência operacional das nossas usinas e contribuir com uma transição energética segura e eficiente — conclui Cusatis.