A Eletronuclear é responsável pela operação das usinas Angra 1, com potência instalada de 640 megawatts (MW), Angra 2, com 1.350 MW, e pelo projeto em desenvolvimento de Angra 3, de 1.405 MW.
A Eletrobras anunciou no dia 15 de outubro (quarta-feira) a assinatura de contrato com a J&F para vender sua participação minoritária na estatal Eletronuclear por R$ 535 milhões. O acordo marca a entrada da empresa J&F dos irmãos Joesley e Wesley Batista na geração nuclear e libera a Eletrobras de diversas obrigações ligadas a um setor do qual já vinha buscando se desfazer.
A Âmbar Energia, braço da J&F no setor elétrico, passará a deter 68% do capital total e 35,3% do capital votante da Eletronuclear, que continuará sob controle do governo por meio da ENBPar.
A J&F também está assumindo a obrigação de financiar a Eletronuclear em R$ 2,4 bilhões, que estava prevista no acordo que a companhia firmou com a União no início do ano, — o compromisso eleva o valor da transação para quase R$ 3 bilhões.
A operação foi assessorada pelo BTG Pactual e resulta de um processo competitivo iniciado em 2023. Considerando o valor de investimento registrado na coligada, de R$ 7,8 bilhões no segundo trimestre de 2025, a venda gerou provisão de aproximadamente R$ 7 bilhões, contabilizada no terceiro trimestre.