Volume transportado em agosto foi 7,8% maior que no ano passado e já ultrapassa 900 milhões de toneladas em 2025. Destaque para maior alta nos terminais privados e, longo curso.
Os portos brasileiros movimentaram o maior volume para o mês de agosto, chegando a 131,8 milhões de toneladas de cargas, um crescimento de 7,81%. Esse é o sexto mês seguido de recorde mensal na movimentação portuária total.
Os dados do Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) divulgados no dia 15 de outubro (quarta-feira), também mostram outros recordes para o mês de agosto: as movimentações de granéis sólidos, líquidos e de cargas conteinerizadas.
Foram movimentados 32,5 milhões de toneladas de granéis líquidos no oitavo mês do ano, um crescimento de 25,27%, enquanto os granéis sólidos movimentaram 79,9 milhões, um aumento de 4,55%.
As cargas conteinerizadas atingiram movimentação de 14,2 milhões de cargas conteinerizadas, uma alta de 7,12%, isso representa 1,3 milhão de TEUs — desse total, 0,9 milhão de toneladas foram movimentadas em longo curso e 0,4 milhão por cabotagem.
As informações do Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) confirmam a alteração de rotas provocada pelas restrições impostas pelos Estados Unidos e mostram que o país soube se ajustar ao tarifaço. As exportações cresceram 3,2% no mês em relação a agosto de 2024. Houve crescimento acentuado de exportações para a Índia (volume 348% maior), México (97%), Argentina (50%) e China (12%), nosso maior parceiro comercial, e queda de 17% no volume exportado para os Estados Unidos.
Terminais Privados com maior alta — De acordo com os dados da Agência Reguladora, o crescimento de agosto foi maior nos terminais privados (11%), mas o porto público que teve maior alta no mês foi Itajaí, em Santa Catarina (412%), em decorrência da retomada das atividades pelo Governo Federal. No acumulado de 2025, Itajaí já dobrou a movimentação de todo o ano passado, chegando a 2,5 milhões de toneladas.
Longo Curso com recorde — Houve recorde também no transporte de longo curso (exportação e importação), atingindo 95,4 milhões de toneladas, no transporte de cabotagem (entre portos brasileiros), com 28,2 milhões de toneladas, e também no transporte interior (entre portos fluviais), chegando a 8,1 milhões de toneladas.
Mercadoria e navegação —Ao longo do mês de agosto, as cargas que tiveram a maior movimentação foram: Minério de Ferro, com movimentação de 42,2 milhões de toneladas e crescimento de 11,36%; Petróleo e Derivados (Óleo Bruto) que atingiu movimentação de 22,5 milhões e alta de 33,4%; e Milho que movimentou 10,7 milhões e avançou 3,42%.
Em relação à navegação, foram registrados mais recordes para agosto. A movimentação de cargas de longo curso chegou a 95,4 milhões de toneladas no oitavo mês de 2025, alta de 5,48%; e a navegação interior movimentou 8,1 milhões e cresceu 14,42%.
Por sua vez, a cabotagem teve movimentação de 28,2 milhões de toneladas de cargas e crescimento de 15,07%. Essa alta se justifica pelo crescimento nas 10 principais mercadorias que são transportadas por esse tipo de navegação, especialmente o óleo bruto de petróleo.
Portos Públicos — Os portos públicos movimentaram 45,8 milhões de toneladas de cargas em agosto de 2025. O número representa um acréscimo de 1,65% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Um recorde para o mês.
Entre os 20 portos públicos que mais movimentam no país, o com maior crescimento percentual foi o Porto de Santana (AP). O aumento foi de 25,2%, em comparação com o oitavo mês de 2024, e a movimentação atingiu 0,4 milhão de toneladas.
Terminais Privados — Nos terminais autorizados houve um crescimento de 11,41% na movimentação em relação a agosto do ano passado. O setor movimentou 86 milhões de toneladas de cargas, a maior movimentação registrada para o oitavo mês do ano, desde o início da série histórica.
Entre os 20 TUPs que mais movimentaram em agosto, o com o maior crescimento de movimentação, comparado ao mesmo mês do ano passado, é o Porto Sudeste (RJ) com uma alta de 136,03%. O terminal movimentou 3,9 milhões de toneladas de cargas.