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08/10/2025

As exportações brasileiras para os Estados Unidos tiveram queda de -20,3% em setembro/25

A balança comercial brasileira apresentou superávit de US$ 3 bilhões no mês, crescimento de 17,7% ante o mesmo período no ano passado. O saldo do fim do primeiro trimestre previa fechar US$ 70,2 bilhões em 2025, agora a previsão é que pode chegar aos US$ 60,9 bilhões.

Em setembro de 2025, comparado a igual mês do ano anterior, as exportações cresceram 7,2% e somaram US$ 30,53 bilhões. As importações cresceram 17,7% e totalizaram US$ 27,54 bilhões. Assim, a balança comercial registrou superávit de US$ 2,99 bilhões , com queda de -41,1%, e a corrente de comércio aumentou 12,0%, alcançando US$ 58,07 bilhões, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), no dia 07 de outubro (terça-feira).

No acumulado janeiro a setembro 2025, em comparação a igual período do ano anterior, as exportações cresceram 1,1% e somaram US$ 257,79 bilhões. As importações cresceram 8,2% e totalizaram US$ 212,31 bilhões. Como consequência destes resultados, a balança comercial apresentou superávit de US$ 45,48 bilhões , com queda de -22,5%, e a corrente de comércio registrou aumento de 4,2%, atingindo US$ 470,11 bilhões.

Exportações — Em setembro de 2025, o desempenho dos setores foi o seguinte: crescimento de 18,0% em Agropecuária, que somou US$ 6,72 bilhões; crescimento de 9,2% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 6,61 bilhões e, por fim, crescimento de 2,5% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 16,93 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.

Segundo o MDIC, a expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos seguintes produtos: Milho não moído, exceto milho doce ( 22,5%), Café não torrado (11,0%) e Soja ( 20,2%) na Agropecuária; Pedra, areia e cascalho ( 50,3%), Minério de ferro e seus concentrados ( 3,3%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus ( 16,6%) na Indústria Extrativa; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (55,6%), Veículos automóveis de passageiros ( 50,0%) e Ouro, não monetário (excluindo minérios de ouro e seus concentrados) (94,4%) na Indústria de Transformação.

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos registraram diminuição nas vendas: Madeira em bruto (-42,0%), Algodão em bruto ( -4,5%) e Matérias vegetais em bruto (-13,5%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (-21,1%), Minérios de alumínio e seus concentrados (-54,2%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base (-11,2%) na Indústria Extrativa ; Açúcares e melaços (-26,6%), Celulose (-26,1%) e Alumina (óxido de alumínio), exceto corindo artificial (-27,4%) na Indústria de Transformação.

Acumulado no ano — No acumulado janeiro a setembro 2025, em comparação com igual período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: crescimento de 2,1% em Agropecuária, que somou US$ 59,60 bilhões; queda de -5,7% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 58,52 bilhões e, por fim, crescimento de 3,7% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 138,23 bilhões. A associação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.

Esta conjuntura de crescimento nas exportações foi influenciada pelo crescimento das vendas nos seguintes produtos: Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (33,9%), Café não torrado (34,7%) e Especiarias (82,5%) na Agropecuária; Minérios de cobre e seus concentrados (19,4%), Outros minérios e concentrados dos metais de base (30,4%) e Gás natural, liquefeito ou não (1.022.424%) na Indústria Extrativa; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (37,3%), Veículos automóveis de passageiros (60,6%) e Ouro, não monetário (excluindo minérios de ouro e seus concentrados) (66,8%) na Indústria de Transformação.

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Trigo e centeio, não moídos (-34,3%), Soja (-4,1%) e Algodão em bruto (-11,1%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (-11,6%), Minérios de metais preciosos e seus concentrados (-83,9%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-3,4%) na Indústria Extrativa ; Açúcares e melaços (-26,7%), Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (-17,6%) e Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-11,3%) na Indústria de Transformação.

Importações — Em setembro de 2025, o desempenho das importações por setor de atividade econômica foi o seguinte: crescimento de 3,5% em Agropecuária, que somou US$ 0,48 bilhões; queda de -26,1% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 1,14 bilhões e, por fim, crescimento de 21,5% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 25,78 bilhões. A combinação destes resultados motivou ao aumento das importações.

O movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: Milho não moído, exceto milho doce ( 23,8%), Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas ( 8,4%) e Soja (564,7%) na Agropecuária; Fertilizantes brutos (exceto adubos) ( 63,5%), Pedra, areia e cascalho (100,7%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base ( 15,7%) na Indústria Extrativa ; Medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários ( 51,7%), Motores e máquinas não elétricos, e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) (63,1%) e Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (14.669,5%) na Indústria de Transformação.

Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Trigo e centeio, não moídos (-12,1%), Cevada, não moída (-43,1%) e Látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (-22,0%) na Agropecuária; Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado ( -8,5%), Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-26,3%) e Gás natural, liquefeito ou não (-43,6%) na Indústria Extrativa ; Propano e butano liquefeito (-62,1%), Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (-80,1%) e Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (-30,4%) na Indústria de Transformação.

Acumulado no ano — No acumulado janeiro a setembro 2025, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: crescimento de 8,6% em Agropecuária, que somou US$ 4,66 bilhões; retração de -22,1% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 9,93 bilhões e crescimento de 10,4% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 196,41 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das importações.

Esta conjuntura de crescimento nas importações foi influenciada pelo crescimento das compras dos seguintes produtos: Milho não moído, exceto milho doce (33,9%), Cacau em bruto ou torrado (313,2%) e Látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (66,4%) na Agropecuária; Pedra, areia e cascalho (19,3%), Minérios de alumínio e seus concentrados (44,3%) e Linhita e turfa (29,4%) na Indústria Extrativa ; Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (17,6%), Motores e máquinas não elétricos, e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) (35,8%) e Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (1.103%) na Indústria de Transformação.

Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Trigo e centeio, não moídos (-3,6%), Produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (-14,9%) e Soja (-19,1%) na Agropecuária; Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-27,5%), Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-23,4%) e Gás natural, liquefeito ou não (-19,2%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-6,7%), Válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (-18,9%) e Veículos automóveis de passageiros (-18,1%) na Indústria de Transformação.

Principais parceiros comerciais: Argentina — As exportações para a Argentina, no mês de setembro de 2025, cresceram 24,9% e somaram US$ 1,81 bilhões. As importações diminuíram -2,8% e totalizaram US$ 1,24 bilhões. Logo, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou superávit de US$ 0,58 bilhões e a corrente de comércio aumentou 11,9% alcançando US$ 3,05 bilhões.

No período acumulado de janeiro a setembro 2025, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para a Argentina cresceram 47,2% e atingiram US$ 14,22 bilhões. As importações caíram -1,8% e chegaram US$ 9,53 bilhões. Com isto, neste período, a balança comercial para este país apresentou saldo positivo de US$ 4,68 bilhões e a corrente de comércio expandiu-se em 22,6% totalizando US$ 23,75 bilhões.

China, Hong Kong e Macau — As exportações para a China, Hong Kong e Macau no mês de setembro de 2025, cresceram 14,7% e somaram US$ 8,69 bilhões. As importações aumentaram 9,0% e totalizaram US$ 6,38 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou superávit de US$ 2,31 bilhões e a corrente de comércio aumentou 12,2% alcançando US$ 15,07 bilhões.

No período de janeiro a setembro 2025, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para China, Hong Kong e Macau caíram -1,4% e atingiram US$ 76,53 bilhões. As importações cresceram 14,9% e totalizaram US$ 54,09 bilhões. Consequentemente, neste período, a balança comercial apresentou superávit de US$ 22,44 bilhões e a corrente de comércio expandiu-se em 4,7% somando US$ 130,62 bilhões.

Estados Unidos — As exportações para os Estados Unidos, em setembro de 2025, caíram -20,3% e somaram US$ 2,58 bilhões. As importações aumentaram 14,3% e chegaram a US$ 4,35 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial resultou num déficit de US$ -1,77 bilhões e a corrente de comércio registrou queda de -1,6% alcançando US$ 6,92 bilhões.

No acumulado de janeiro a setembro 2025, em relação ao mesmo período do ano anterior, as exportações para os Estados Unidos caíram -0,6% e atingiram US$ 29,21 bilhões. As importações cresceram 11,8% e totalizaram US$ 34,32 bilhões. Dessa forma, neste período, a balança comercial para este país apresentou déficit de US$ -5,10 bilhões e a corrente de comércio aumentou 5,7% chegando a US$ 63,53 bilhões.

União Europeia — As vendas para a União Europeia, cresceram 2,0% e chegaram US$ 4,17 bilhões em setembro de 2025. As importações aumentaram 12,8% e totalizaram US$ 4,52 bilhões. Assim, a balança comercial com este bloco resultou num déficit de US$ -0,35 bilhões e a corrente de comércio aumentou 7,4% alcançando US$ 8,70 bilhões.

No período acumulado de janeiro a setembro 2025, em relação a igual período do ano anterior, as exportações para a União Europeia cresceram 1,3% e atingiram US$ 36,59 bilhões. As importações cresceram 5,5% e totalizaram US$ 38,03 bilhões. Consequentemente, neste período, a balança comercial com este bloco comercial apresentou déficit de US$ -1,44 bilhões e a corrente de comércio aumentou 3,4% somando US$ 74,62 bilhões.