De acordo com os dados estão disponíveis no Agro Mensal, relatório divulgado pela consultoria Agro do Itaú BBA.
— Os preços internos do algodão registraram a terceira queda mensal consecutiva em agosto, com desvalorização de 2,7% em Rondonópolis (MT), para R$ 3,81/lp. O movimento reflete a queda nas cotações internacionais, o avanço da colheita e do beneficiamento no Brasil.
Segundo a Conab, a colheita da safra 2024/2025 atingiu 73% até agosto, abaixo dos 88% do mesmo período de 2024 e da média de cinco anos (87%). Os maiores atrasos foram registrados em Mato Grosso e Bahia, principais estados produtores. Com produção recorde, o país deve contar com uma oferta de 4,7 milhões de toneladas, considerando estoque inicial e colheita, o que reforça a necessidade de avanço nas exportações.
Em agosto, os embarques de algodão somaram 77 mil toneladas, queda de 33% frente ao mesmo mês do ano passado. O volume representa o pior início de temporada (agosto a julho) desde 2022/2023, quando foram embarcadas 64 mil toneladas. Para 2025/2026, a expectativa é que as exportações alcancem 3,1 milhões de toneladas de pluma.
— Diante do estoque mundial confortável, do fraco crescimento econômico global, das incertezas comerciais e da perspectiva de novas quedas nos preços do petróleo, vemos mais fatores para manutenção ou queda das cotações da pluma do que para valorização — avalia Francisco Queiroz, especialista da Consultoria Agro do Itaú BBA.