De acordo com comunicado do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), a autoridade monetária sinaliza mais dois cortes até o fim deste ano, encerrando no intervalo entre 3,5% e 3,75% ao ano.
A analista de Macroeconomia do escritório, Sara Paixão, comentou sobre a taxa de desemprego no Brasil, que fechou o trimestre em 5,6% — um recorde da série.
— A taxa de desemprego fechou o trimestre finalizado em julho a uma taxa de 5,6%, abaixo do esperado pelo mercado e novamente representando o recorde da série. O volume de emprego com carteira assinada também foi recorde, o que é positivo em termos de arrecadação para Previdência.
A massa de rendimento real médio da população cresceu 2,5% no trimestre e apresenta crescimento de 6,4% no ano. Esse é um ponto de atenção para o Banco Central, já que o aumento no nível de renda tende a estimular o consumo e pode funcionar como um limitador para o efeito contracionista da taxa de juros.
Assim, o dado de hoje não muda a avaliação de que o Copom decide que mantém a Selic inalterada (15% ao ano) na reunião do dia 17 de setembro (quarta-feira), sustentando uma postura dura, com o objetivo de ancorar as expectativas de inflação e evitar uma precificação antecipada do ciclo de corte de juros— conclui Sara Paixão, Analista de Macroeconomia da InvestSmart XP.