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20/08/2025

Petrobras assina ‘contrato de eficácia’ para iniciar a construção dos 4 navios da classe Handy

Com isso, será liberado R$ 80 milhões para começarem as obras e a contratação de mão de obra. O que significa 5% do valor total das obras referente ao contrato de US$ 278 milhões (R$ 1,6 bilhão).

A Petrobras assinou, no dia 19 de agosto (terça-feira) o ‘contrato de eficácia’ para início da construção dos quatro navios classe Handy previstos no Programa de Renovação e Ampliação da Frota do Sistema Petrobras (TP 25). O anúncio foi feito durante a abertura da Navalshore 2025, que acontece no Rio de Janeiro, até 21 de agosto(quinta-feira).

Segundo o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, com isso, as obras podem ser iniciadas pela Ecovix, dona do Estaleiro Rio Grande, localizado no Rio Grande do Sul: —Os recursos começarão a ser liberados hoje e podemos começar a contratar. Trabalhamos muito para isso —comemorou. O acabamento e comissionamento das unidades será feito pelo Estaleiro Mac Laren, de Niterói (RJ).

O contrato de eficácia permitirá a liberação de aproximadamente R$ 80 milhões, que corresponde a cinco por cento do valor total de US$ 278 milhões (R$ 1,6 bilhão) referente ao contrato de construção firmado.

A entrega da primeira embarcação tem previsão para final de 2027 a meados de 2028.

Durante a solenidade, o secretário nacional de Hidrovias e Navegação do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), Dino Antunes Dias Batista, enfatizou que o futuro do Brasil está no mar, o que inclui a indústria naval, a energia eólica e a economia azul. —Isso tudo é a riqueza do Brasil, e o desenvolvimento dela só é possível por meio de políticas públicas de Estado. Esse tipo de evento tem papel fundamental para que a sociedade entenda a importância dessas políticas—.

Para o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Ariovaldo Rocha, este ano está se concretizando a esperada renovação da indústria naval e offshore: —Além dos navios da Petrobras e Transpetro, há também uma demanda crescente por embarcações de apoio marítimo, bem como pelas atividades de desmantelamento e reciclagem de navios e estruturas offshore—. Esse conjunto de oportunidades reforça a importância da indústria naval como vetor de geração de empregos e tecnologia, e, com isso, Rocha acredita que o futuro será promissor.

A abertura da Navalshore 2025, contou com a presença de líderes da indústria e de entidades do setor, como o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, além da representante da Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo (Abeam) e do Syndarma, Lilian Schaefer; o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Luiz Césio Caetano; o diretor executivo da Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem (Abac), Luis Fernando Resano; o diretor de Portos e Costas da Marinha do Brasil, vice-almirante Carlos André Coronha Macedo; e a diretora da Navalshore, Rosângela Vieira.

Oportunidades —O programa Rede de Oportunidades (RdO) Fornecedores, promovida pela Firjan/Senai/Sesi, é outro destaque da Navalshore 2025. A iniciativa promoverá encontros presenciais diários entre fornecedores e empresas âncoras, como Transpetro, Wilson Sons, Estaleiro São Miguel, Estaleiro Mac Laren e Marinha do Brasil. Nesta edição, foram feitas 550 inscrições de empresas interessadas. O programa já mapeou mais de 1,5 mil oportunidades e identificou mais de seis mil potenciais fornecedores desde 2022.

A Conferência Oficial do evento foi aberta nesta terça-feira com os painéis “Financiamento à construção naval” e “Novas construções: desafios para a indústria naval”. A programação ocorre durante os três dias do evento e reúne especialistas, autoridades e representantes de empresas para debater os desafios e perspectivas da indústria naval e offshore. Nos próximos dias, serão debatidos o licenciamento ambiental em empreendimentos de infraestrutura, inovações na frota da Transpetro, o papel da Marinha na construção do Núcleo do Poder Naval e a evolução tecnológica na indústria marítima.

Paralelamente, será realizado o Ciclo de Palestras, que conta com 38 apresentações técnicas de empresas participantes, compartilhando soluções, cases e inovações diretamente com profissionais e executivos do setor. A programação também permite aos participantes aprofundar conhecimentos sobre tendências do mercado e tecnologias emergentes, oferecendo subsídios estratégicos para a tomada de decisão.

Integrando o evento, o Cluster Naval e Tecnológico realizará dois workshops, às 9h30. No dia 20(quarta-feira), o tema será bioincrustação marinha, reunindo especialistas da Marinha, Petrobras, Transpetro e de entidades do setor. Já no dia 21, o encontro abordará as oportunidades no Rio de Janeiro, com foco em financiamentos indenizáveis e não indenizáveis.