Impulsionado pelo forte desempenho operacional e pela comercialização de gás. Resultado reflete a concretização de importantes avenidas de crescimento, a contribuição das aquisições realizadas no final de 2024 e a retomada do despacho termelétrico.
A Eneva, maior operadora privada de gás natural do Brasil, registrou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, sigla em inglês) recorde de R$ 1,7 bilhão no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 56% em relação ao mesmo período de 2024. O desempenho refletiu o resultado resiliente das operações da companhia e a materialização de importantes avenidas de crescimento do plano de negócios da Eneva. Os novos negócios desenvolvidos nas frentes de comercialização de gás na malha (on-grid) e fora da malha (off-grid) contribuíram com R$ 209 milhões de Ebitda no trimestre. A entrada dos resultados dos ativos adquiridos no último trimestre de 2024 e o retorno do despacho termelétrico no sistema brasileiro também impulsionaram o desempenho.
A Eneva registrou mais um recorde no período, alcançando o maior patamar histórico de fluxo de caixa operacional, superior a R$ 1,3 bilhão, impulsionado pelo sólido desempenho das novas operações correntes da companhia e pela diversificação de seus negócios.
—O maior Ebitda da história da companhia é resultado do forte desempenho operacional dos nossos ativos com o retorno do despacho, e reflete sobretudo a materialização das frentes de crescimento de nosso plano estratégico, com a entrada em operação de novos negócios e com a contribuição dos ativos recentemente adicionados ao nosso portfólio. Nesse trimestre, pela primeira vez, trabalhamos com 100% da capacidade operacional da planta de liquefação de gás no Parnaíba, no novo negócio off-grid de venda de GNL em pequena escala, e mantivemos resultados relevantes na nova frente de comercialização de gás on-grid, a partir dos contratos celebrados pela Mesa de Gás —explica Marcelo Habibe, diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores da Eneva.
O lucro líquido da Eneva somou R$ 364,5 milhões, com resultado acumulado de R$ 748,9 milhões no primeiro semestre de 2025. A companhia encerrou o trimestre com alavancagem (Dívida Líquida/Ebitda) de 2,71x, com queda significativa sobre a marca de 4,36x registrada no segundo trimestre de 2024 e mantendo espaço no balanço para suportar um novo ciclo de crescimento.
Novas frentes de comercialização de gás e novos ativos — No modelo off-grid, a companhia desenvolveu uma solução pioneira para levar o gás natural produzido e liquefeito no Complexo Parnaíba para clientes que não possuem acesso à rede de gasodutos e buscam alternativa ao óleo combustível e ao diesel, mais poluentes. A companhia concluiu a construção e iniciou a operação comercial de sua primeira planta de SSLNG ao final de 2024, com estabilização das operações em fevereiro de 2025. No primeiro trimestre com a planta 100% operacional, a Eneva contabilizou Ebitda de R$ 79 milhões nesse segmento. A companhia segue atenta às oportunidades nesse mercado em desenvolvimento e já iniciou a implementação de mais um trem de liquefação na planta do Parnaíba, que expandirá em 50% a capacidade atual no Complexo.
Na comercialização on-grid, a Eneva concluiu a conexão do Hub Sergipe à malha de gasodutos, no final do ano passado, e vem capturando resultados expressivos ao longo de 2025. A contribuição para o Ebitda desse negócio foi de R$ 131 milhões de reais no segundo trimestre de 2025, somando os resultados dos contratos bilaterais de venda de gás firme e flexível e das operações oportunísticas de GNL realizadas no trimestre. O novo segmento oferece ainda potencial adicional que pode ser capturado a partir da otimização de contratos e da estruturação de operações a partir da capacidade excedente do navio FSRU.
Outro destaque foi o resultado robusto das usinas adquiridas no 4T24, que contribuíram com R$ 466 milhões provenientes da receita fixa dos seus contratos regulados.
Retomada do despacho termelétrico — O segundo trimestre de 2025 foi marcado pelo retorno do despacho termelétrico regulatório por ordem de mérito no Sistema Interligado Nacional (SIN), com a redução do volume de chuvas no período e com o aumento dos preços de energia, o que gerou uma aceleração da geração térmica ao final do período e a continuação da demanda ao longo do terceiro trimestre de 2025. A geração de energia bruta pelas usinas da Eneva foi de 1.533 GWh no segundo trimestre de 2025, considerando a geração no SIN e no sistema isolado de Roraima, um aumento de 219% da geração térmica total quando comparado ao mesmo trimestre de 2024.
Foco nos projetos de investimentos, crescimento e geração de valor — A geração de caixa operacional, que atingiu valor recorde no segundo trimestre de 2025 ultrapassando R$ 1,3 bilhão, foi direcionada principalmente para suportar os projetos de crescimento da companhia, com fluxo de caixa de investimentos totalizando R$ 1,5 bilhão no período. A Eneva encerrou o trimestre com posição de caixa robusta de R$ 3,9 bilhões.
A companhia também celebrou no segundo trimestre de 2025 um novo financiamento de R$ 500 milhões junto ao Banco da Amazônia S.A. para a construção e implementação do Complexo Termelétrico Azulão 950, uma das principais frentes de crescimento da Eneva. Com esses recursos, a Eneva já contabiliza mais de R$ 2,5 bilhões financiados para esse projeto, a um custo médio ponderado de IPCA + 4,13% a.a.
A Eneva obteve ainda outros êxitos relevantes pós fechamento do trimestre, com destaque para a bem-sucedida conclusão da antecipação de contratos regulados do Leilão de Reserva de Capacidade de 2021 das UTEs Viana, Parnaíba IV e Geramar I e II, que irão trazer fluxo de receita incremental de mais de R$ 362 milhões entre o terceiro trimestre de 2025 e o final do segundo trimestre de 2026.