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01/08/2025

Vale registra lucro líquido de US$ 2,12 bilhões no 2T25

Queda de 24% ante o ano anterior. A receita líquida da mineradora foi de US$ 8,8 bilhões, menos 11% no ano.

A mineradora brasileira Vale divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2025, no dia 31 de julho (quinta-feira), onde mostra que desempenho operacional e de custo melhorou em todos os segmentos de negócios, no caminho para atingir os guidances. As vendas de cobre e níquel aumentaram 17% (12,9 kt) e 21% (7,0 kt) a/a, respectivamente. Os embarques de minério de ferro diminuíram 3% (2,4 Mt) a/a, refletindo a estratégia de otimização do portfólio em andamento.

O preço médio realizado de finos de minério de ferro foi de US$ 85,1/t, 6% menor t/t e 13% menor a/a, em linha com a queda nos preços de referência do minério de ferro.

O custo caixa C1 de finos de minério de ferro, excluindo compras de terceiros, diminuiu 11% em relação ao ano anterior, atingindo US$ 22,2/t, marcando o quarto trimestre consecutivo de redução ano contra ano.

Os custos all-in reduziram em 10% no minério de ferro (US$ 55,3/t), 60% no cobre (US$ 1.450/t) e 30% no níquel (US$ 12.396/t) a/a, como resultado da implementação de iniciativas de eficiência e pela maior produção.

O guidance de custo all-in do cobre para 2025 foi revisado para US$ 1.500-2.000/t (de US$ 2.800-3.300/t), impulsionado por um desempenho operacional sólido e preços de ouro acima do esperado.

O lucro líquido atribuível aos acionistas da Vale foi de US$ 2,1 bilhões, 24% abaixo ante o ano anterior, — uma vez que não houve itens não recorrentes reportados no segundo trimestre de 2025— ressalta a mineradora.

O Ebitda Proforma totalizou US$ 3,4 bilhões, 7% maior t/t e 14% menor a/a. O forte desempenho dos segmentos de cobre e níquel, aliado ao menor custo caixa C1 de minério de ferro, compensaram parcialmente os menores preços de commodities.

O Capex totalizou US$ 1,1 bilhão, US$ 0,2 bilhão menor a/a, em linha com a projeção de US$ 5,9 bilhões e refletindo as iniciativas de eficiência em andamento.

O fluxo de caixa livre recorrente foi de US$ 1,0 bilhão, US$ 0,8 bilhão maior em relação ao ano anterior, como resultado da variação mais favorável do capital de giro e menor Capex.

A dívida líquida expandida totalizou US$ 17,4 bilhões em 30 de junho, US$ 0,8 bilhão menor t/t, em razão, principalmente, da geração de fluxo de caixa livre.

Aprovação de US$ 1,448 bilhão em juros sobre capital próprio a serem pagos em setembro de 2025, implicando em um dividend yield anualizado de 7%.

— Entregamos mais um trimestre sólido, refletindo nosso foco na excelência operacional e na disciplina de execução, seguindo no caminho certo para cumprir nossos guidances de 2025. Segurança continua sendo um valor central, e estamos entusiasmados com o claro progresso rumo a um ambiente de trabalho sem acidentes em nossas operações. Conforme avançamos na nossa estratégia de fortalecimento do nosso portfólio flexível de produtos, estamos entregando redução de custos ao mesmo tempo em que construímos uma maior resiliência, que nos ajudará a navegar bem em qualquer cenário de mercado. Neste trimestre, também alcançamos um marco importante, com o nosso primeiro projeto de mina de cobre sob o programa Novo Carajás obtendo a licença prévia, um marco tangível de avanço rumo ao crescimento futuro. Essas conquistas reafirmam nossa estratégia e demonstram nosso compromisso em construir uma plataforma líder em mineração que gera valor de longo prazo para todos os nossos stakeholders — comentou Gustavo Pimenta, CEO.

Ainda no dia 31 de julho (quinta-feira), a Vale anunciou a remuneração aos acionistas: — A Vale S.A. (“Vale” ou “Companhia) informou que seu Conselho de Administração aprovou, na presente data, a distribuição de juros sobre o capital próprio (“JCP”) no valor bruto de R$ 1,895387417 por ação, apurados com base no balanço de 30 de junho de 2025, e em linha com a Política de Remuneração aos Acionistas da companhia. Tal valor está sujeito à incidência de Imposto de Renda na Fonte e à alíquota vigente.

A data de corte para pagamento dos JCP aos detentores de ações de emissão da Vale negociadas na B3 S.A. – Brasil, Bolsa, Balcão S.A. (“B3”) será o dia 12 de agosto de 2025, com pagamento a ocorrer em 03 de setembro de 2025. A record date para pagamento dos JCP aos detentores de American Depositary Receipts (“ADRs”) negociados na New York Stock Exchange (“NYSE”) será o dia 13 de agosto de 2025, com pagamento a partir de 10 de setembro de 2025 por meio do agente depositário dos ADRs, Citibank N.A.

As ações de emissão da Vale serão negociadas ex-remuneração na B3 e na NYSE a partir de 13 de agosto de 2025. O valor de JCP a ser pago por ação pode sofrer pequena variação até as datas de corte, em decorrência do programa de recompra de ações, que impacta o número de ações em tesouraria. Sendo o caso, a Companhia fará um novo Aviso aos Acionistas informando o valor final por ação — disse Marcelo Feriozzi Bacci, vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores.

A Vale também atualiza a projeção do custo all-in de cobre: — A Vale informou em fato relevante que atualizou suas estimativas para o custo all-in do cobre em 2025 para entre US$1,5 mil e US$2 mil por tonelada, contra estimativa anterior de US$2,8 mil a US$3,3 mil, refletindo o sólido desempenho operacional do negócio e os preços do ouro como subproduto acima das expectativas. Todas as demais estimativas divulgadas anteriormente pela companhia permanecem inalteradas.

A companhia reitera que a estimativa divulgada no dia 31 de julho (quinta-feira) está em linha com as demais, é referente a dados hipotéticos, que de forma alguma constituem promessa de desempenho por parte da Vale e/ou de seus administradores, e que também envolve fatores de mercado alheios ao controle da Vale e, dessa forma, pode sofrer novas alterações. Oportunamente, a Companhia irá reapresentar o item 3 de seu Formulário de Referência, no prazo previsto na Resolução nº 80/2022.