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25/07/2025

InvestSmart XP comenta acordo comercial entre EUA e Japão

A analista de Macroeconomia da InvestSmart XP, Sara Paixão, comentou sobre o acordo comercial entre Japão e EUA, que reduziu a tarifa de importação de 25% para 15%.

— Os Estados Unidos firmaram um acordo comercial com o Japão, reduzindo a tarifa de importação que estará vigente a partir do dia 1º de agosto de 25% para 15%, com exceção do aço e do alumínio, que permanecem com tarifa de 50%. Para as empresas japonesas, o acordo foi especialmente vantajoso para o setor automobilístico, que responde por cerca de 28% das exportações japonesas aos Estados Unidos.

A redução da tarifa sobre automóveis importados pelos EUA, anteriormente em 25%, amplia a competitividade dos veículos japoneses em relação aos de outros países, cujas exportações continuarão sujeitas à tarifa de 25% até a assinatura de novos acordos comerciais.

Como contrapartida, o Japão se comprometeu com um investimento de US$ 550 bilhões em território americano. Também foi acordada a redução de barreiras regulatórias à importação de veículos norte-americanos, a abertura do mercado japonês a produtos agrícolas dos EUA e a viabilização da compra de aeronaves produzidas nos Estados Unidos — finaliza o comentário.

Sara Paixão ainda comenta o aumento da arredação federal: — A arrecadação federal registrou um aumento real (acima da inflação) de 6,62% em junho de 2025, na comparação com o mesmo período do ano anterior, e de 1,69% em relação ao mês anterior. Dentre os destaques, está o crescimento real de 38,83% na arrecadação do IOF, justificado pela recente alteração na legislação do tributo, que elevou a alíquota em diversas operações financeiras.

Outro fator que contribuiu para o aumento da arrecadação foi o crescimento real de 6,61% na receita previdenciária, explicado pelo recorde na criação de empregos formais no ano (922 mil vagas, segundo dados do Caged), pelo aumento real de 8,46% na massa salarial no período e pelo crescimento das compensações previdenciárias.

Além disso, a base de comparação favoreceu o resultado, já que em junho de 2024 houve postergação de pagamentos no Simples Nacional e da contribuição previdenciária em municípios do Rio Grande do Sul.

Por fim, houve um aumento expressivo no Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre rendimentos do capital, com destaque para o crescimento real de 30,4% nos fundos de renda fixa e de 28,60% nas aplicações em renda fixa de pessoas físicas e jurídicas. Esse movimento é explicado pelo grande volume de recursos direcionados para essa classe de ativos, já que os fundos de renda fixa registraram fluxo líquido positivo de R$ 59,4 bilhões no ano, e pela elevada taxa de juros, que tem impulsionado a rentabilidade do segmento— conclui a analista de Macroeconomia da InvestSmart XP.