— O rali de junho, que levou 20 ações às máximas históricas, não foi por acaso. A combinação entre o fim do ciclo de alta de juros, compressão nas taxas longas e volta do investidor estrangeiro destravou valor em diversos papéis da Bolsa.
Mesmo com o tom duro do Copom, o mercado entendeu que o pior já passou. A curva futura já precifica cortes a partir de 2026, e isso muda completamente o valuation de empresas alavancadas e expostas ao ciclo doméstico, especialmente small caps, consumo, construção civil e turismo.
Há uma rotação clara para nomes descontados com potencial de recuperação. Moura Dubeux, C&A e Plano&Plano são exemplos de quem já surfou essa onda.
Seguimos atentos a três pontos: (i) expectativa por cortes de juros, (ii) melhora da atratividade da Bolsa frente à renda fixa e (iii) fluxo estrangeiro entrando em ativos domésticos.
Quem entendeu esse ponto de inflexão já começou a se posicionar. O momento atual é de reprecificação e não de euforia. Contudo, o contexto parece interessante para montagem de novas posições e reavaliação de posições para surfar novas altas— conclui, Daniel Nogueira, sales de Renda Variável da InvestSmart XP.