Entre as mudanças menos barulhentas, mas mais transformadoras, que vêm ocorrendo no ecossistema de PMEs e startups brasileiras, uma me chama especialmente a atenção: a presença cada vez mais frequente de conselheiros independentes na governança dessas empresas.
Até pouco tempo, essa era uma prática restrita a grandes corporações. Mas essa lógica vem mudando, impulsionada por empresários que entenderam que crescer exige mais do que boas ideias: exige estrutura para decidir melhor.
Segundo pesquisa realizada pela PwC Brasil em parceria com o IBGC, 64% das médias e grandes empresas familiares já contam com algum tipo de conselho de administração — uma sinalização clara de que a profissionalização da governança está ganhando espaço nas organizações brasileiras.
Esse movimento abre espaço para a chegada de conselheiros independentes — profissionais com longa trajetória em cargos de liderança, que agora atuam como mentores estratégicos para empresas em fase de crescimento. Mais do que consultores pontuais, eles se tornam interlocutores valiosos para decisões críticas, planejamento de longo prazo e leitura de cenários.
É um processo que exige maturidade dos dois lados. Das empresas, porque implica abrir espaço para o contraditório e escutar quem vem de fora. E dos conselheiros, porque o papel não é o de ditar regras, mas o de provocar reflexões e ampliar perspectivas.
O que se observa, na prática, é que muitos desses conselheiros são ex-CEOs e executivos que optaram por uma nova etapa profissional, com menos rotina operacional e mais impacto estratégico. Em vez de apenas repassar aprendizados, eles ajudam a construir, com os fundadores, uma base sólida para que o negócio evolua com consistência.
Essa troca, além de estratégica, tem um custo-benefício interessante. A empresa não precisa montar uma estrutura pesada de diretoria, mas passa a contar com experiência acumulada, visão de mercado e uma governança mais robusta — algo cada vez mais valorizado por investidores e parceiros.
A profissionalização da governança deixou de ser um luxo reservado a empresas bilionárias. Tornou-se uma ferramenta de sobrevivência e crescimento sustentável. E o crescimento das estruturas de conselho é um indicativo claro de que mais empresas estão compreendendo esse novo jogo.
Governar bem é mais do que uma boa prática: é uma vantagem competitiva.
• Por: Roberto Dranger, sócio-fundador da Átina Consulting. | Átina Consulting — A Átina foi criada com o objetivo de conectar profissionais seniors (+50) a empresas em crescimento, promovendo uma troca estratégica de experiência e conhecimento. Seu modelo de consultoria oferece soluções personalizadas para pequenas, médias empresas e startups, reunindo especialistas para enfrentar desafios específicos e impulsionar o desenvolvimento organizacional.
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