Com movimentação de até R$500 bilhões por mês, o boleto bancário segue como um dos principais meios de pagamento no Brasil. Mesmo com o crescimento de alternativas como o PIX esse formato permanece popular, especialmente para contas recorrentes e compras online.
Essa popularidade, porém, também o torna alvo constante de cibercriminosos. Ao longo dos últimos meses, os golpes envolvendo boletos falsos se tornaram mais sofisticados, combinando engenharia social com o uso de dados reais das vítimas, como valores e datas de vencimento.
Segundo especialistas, os criminosos têm diversificado os canais de abordagem, incluindo e-mails e aplicativos de mensagens, e usando táticas cada vez mais difíceis de detectar. Para ajudar empresas e consumidores a se protegerem, Miguel Reis, Diretor de Inovação em Serviços na SEK, reuniu cinco recomendações baseadas nas melhores práticas da indústria de segurança cibernética — Aprenda a identificar um boleto falso.
Mesmo com a sofisticação dos golpes, existem sinais que podem ajudar na identificação de boletos fraudulentos: .Verifique a linha digitável — Os primeiros números indicam o banco emissor. Consulte a lista oficial de códigos bancários da Febraban.
. Confira o nome do beneficiário e o valor — Boletos falsos podem trazer nomes genéricos ou valores arredondados com descontos inesperados.
. Atenção ao remetente — Sempre cheque se o e-mail ou a mensagem veio de um endereço oficial.
. Confirme com o fornecedor — Se tiver dúvidas, entre em contato diretamente com a empresa antes de efetuar o pagamento.
Fortaleça a cultura de segurança na empresa — Criar uma cultura organizacional voltada à segurança é essencial: . Promova programas de conscientização contínua com treinamentos que ajudem os colaboradores a reconhecer fraudes.
. Realize simulações de incidentes, especialmente com áreas mais vulneráveis, como financeiro e comercial, para preparar as equipes a reagirem rapidamente.
Reforce a validação de documentos financeiros — A validação rigorosa de documentos antes de qualquer pagamento pode evitar muitos problemas: . Utilize canais autenticados para emissão e consulta de boletos.
. Reveja os processos internos de envio de documentos financeiros.
. Implemente autenticação multifator (MFA) em sistemas e e-mails corporativos.
. Verifique os dados bancários antes de cada pagamento, especialmente se houver mudanças inesperadas.
Invista no monitoramento de ameaças digitais— A adoção de ferramentas de monitoramento pode ajudar na identificação precoce de possíveis fraudes: . Monitore o uso indevido da marca, domínios falsificados e outros sinais de campanha de golpes.
. Acompanhe vazamentos de dados e outras exposições que possam estar sendo exploradas pelos criminosos.
. Fique atento a novas táticas de ataque, por meio de fontes de inteligência sobre ameaças cibernéticas.
Tenha um plano de resposta a incidentes— Estar preparado para agir rapidamente em caso de fraude é fundamental: .Crie um plano de resposta a incidentes, com ações definidas para contenção, análise e comunicação.
. Inclua orientações para comunicação com clientes e parceiros, caso ocorra um ataque.
. Mantenha-se alinhado com a legislação vigente, como a LGPD, garantindo que as medidas adotadas sejam adequadas e seguras.
De acordo com Miguel Reis, a melhor forma de prevenção é combinar atenção aos detalhes, conscientização contínua e a adoção de práticas de segurança cibernética atualizadas.
SEK — A Security Ecosystem Knowledge(SEK) é líder em serviços de cibersegurança na América Latina, combinando inovação, expertise técnica e presença global para garantir que sua empresa esteja sempre à frente das ameaças digitais. Com mais de 20 anos de experiência, ela atua nos mercados do Brasil, Chile, Argentina, Colômbia e Peru, contando com uma equipe de mais de 900 profissionais altamente capacitados. A empresa conta com três Cyber Defense Centers e dois Cyber Response Centers, incluindo um SOC no Brasil. Além disso, mantém centros avançados de pesquisa nos Estados Unidos e em Portugal.
O SOC da SEK oferece proteção avançada para mais de 400 organizações em toda a América Latina, processando milhões de alertas por ano. Sua cobertura abrange setores críticos como finanças, manufatura, saúde e transporte, monitorando ambientes de TI, OT, nuvem e perímetro. A SEK aplica análises com inteligência artificial para reduzir falsos positivos, inteligência de ameaças contextualizada, resposta coordenada com base no framework RAP e relatórios que transformam dados técnicos em inteligência acionável. Tal abordagem integral a posiciona como parceiro estratégico de confiança em cibersegurança.