Na atual revolução digital, uma verdade se torna cada vez mais evidente: o verdadeiro poder na era da Inteligência Artificial não está apenas nos algoritmos sofisticados, mas no controle dos dados que os alimentam. Esta percepção, que ecoa as análises de especialistas do setor, aponta para uma realidade que muitas organizações ainda não compreenderam completamente.
A estratégia empresarial moderna deve se construir em torno do que podemos chamar de “soberania de dados”. É fundamental estabelecer um princípio claro: dados são ativos estratégicos que devem ser gerenciados com responsabilidade e transparência. Não basta simplesmente implementar IA – é preciso uma arquitetura de dados resiliente, ética e alinhada aos objetivos de longo prazo das organizações.
Apesar dos impressionantes US$110 bilhões investidos em startups de IA em 2024, segundo dados da Dealroom, a discussão não deve ter foco apenas na tecnologia. A inteligência artificial é, sem dúvida, uma força transformadora, mas sua eficácia depende intrinsecamente da qualidade, governança e inteligência aplicada aos dados. As grandes empresas de tecnologia entenderam há anos que quem detém os dados, detém o futuro. Não é coincidência que invistam bilhões em infraestrutura de dados – estão construindo os alicerces da próxima revolução digital.
A nova corrida do ouro digital — O diferencial competitivo de mercado será definido por quem conseguir acessar, controlar e gerar insights a partir dos dados. Quem dominar os dados, assim como a tecnologia, terá capacidade de liderar mercados, influenciar decisões e moldar o futuro digital.
Esta é a nova corrida do ouro da era digital, onde a riqueza não está enterrada no solo, mas dispersa em cada interação, cada clique, cada transação que geramos diariamente. As organizações que compreenderem essa dinâmica e se posicionarem adequadamente terão vantagem competitiva significativa.
Soberania de dados como estratégia — Os próximos anos serão marcados por uma intensa disputa pelo controle informacional, exigindo novas abordagens para governança e transparência. A liderança na era da IA não será definida apenas pelo conhecimento tecnológico, mas pela capacidade de gerenciar dados de forma ética e estratégica.
É fundamental que a discussão sobre IA inclua a gestão de dados como pilar central, considerando seu impacto em comportamentos, decisões e até mesmo crenças. Esta perspectiva holística sobre dados e inteligência artificial representa não apenas uma oportunidade de negócio, mas uma responsabilidade social que não pode ser ignorada.
A revolução que vivemos hoje exige uma nova mentalidade: aquela que reconhece nos dados não apenas números e estatísticas, mas o combustível que moverá a próxima fase da evolução tecnológica e social.
• Por: João Paulo Miranda é CEO da Objective | A Objective é uma multinacional brasileira que acelera a transformação digital das organizações por meio de tecnologia e pessoas. Através de um portfólio completo, oferece consultoria para inovação, aumento de produtividade e qualidade, além de desenvolver soluções digitais, com expertise em dados, IA, experiências do usuário e entrega de produtos sob medida. A empresa faz parte da holding Objective Group, que inclui empresas especializadas como e-trust (segurança da informação e gestão de identidades), Eleflow (BI e Big Data Analytics) e NG Billing (gestão de CRM e faturamento recorrente). Em 2024, a Objective foi reconhecida pelo segundo ano consecutivo como líder em desenvolvimento ágil de aplicações pelo ISG Provider Lens™ Next Gen ADM Services Brazil. | www.objective.com.br.