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08/05/2025

Selic em 14,75%: empresas buscam crédito fora dos bancos

“O custo médio do crédito empresarial nos bancos já atinge 24,2% ao ano”.

Com a Selic atingindo 14,75%, o maior nível em quase 20 anos, o custo do crédito volta a preocupar empresas que dependem de financiamento para crescer. O custo médio do financiamento bancário para o setor empresarial já chega a 24,2% ao ano, segundo dados do Banco Central , e o cenário é ainda mais preocupante quando se leva em conta que grande parte dessas linhas é pós-fixada, atrelada ao CDI. Isso significa que a cada nova decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), o custo do crédito sobe junto, dificultando o planejamento financeiro e pressionando a margem de lucro das companhias.

Mas isso não significa que o crédito deixou de ser viável. Com esse cenário, cresce o número de empresas que buscam alternativas fora dos grandes bancos. Entre as opções mais atrativas, destacam-se os FIDCs, investimento que permite que as empresas antecipem seus recebíveis com maior previsibilidade de custo, condições personalizadas e estruturas menos onerosas. Segundo Volnei Eyng, CEO da Multiplike, gestora especializada em crédito privado, —Embora a alta da Selic encareça o financiamento bancário, ela também abre espaço para outras formas de crédito mais vantajosas, como os FIDCs, e o empresário que conseguir repensar sua estrutura de financiamento agora terá mais fôlego e previsibilidade para manter o crescimento—.

Ainda na avaliação do especialista, em um cenário de uma nova alta da Selic, a adaptação e a busca por soluções mais vantajosas são fundamentais para que as empresas continuem se mantendo competitivas no mercado. Ao explorarem alternativas como os FIDCs, as empresas conseguem minimizar o impacto da alta dos juros e seguir com seus planos de expansão, sem precisar abrir mão de seu potencial de crescimento. —Nos FIDCs, as taxas são pré-fixadas e mais baratas, além disso, a estrutura é mais transparente, eliminando assim custos ocultos como IOF, títulos de capitalização e taxas de manutenção que os bancos ainda praticam— complementa Eyng

Além disso, a busca por novas fontes de financiamento ocorre em paralelo ao amadurecimento do mercado de capitais no Brasil, que vem abrindo espaço para soluções antes restritas a grandes grupos ou investidores qualificados. O crescimento do setor de FIDCs também tem sido impulsionado pela entrada de gestoras especializadas em crédito estruturado, que conseguem analisar o perfil de risco das empresas com maior profundidade e oferecer soluções mais customizadas. Com a expectativa de que a taxa Selic permaneça elevada no curto e médio prazo, os FIDCs devem continuar ganhando espaço como alternativa robusta ao crédito bancário tradicional. “Para muitas empresas, essa mudança de rota pode representar a diferença entre estagnar e expandir em um momento econômico desafiador”, finaliza Eyng

A gestora Multiplike — Fundada em 1999, a Multiplike é uma das 3 maiores gestoras multisacado/multicedente e securitizadoras de crédito privado do país, especializada em antecipação de recebíveis e capital de giro. Com mais de R$ 50 bilhões em créditos cedidos nos últimos anos, a companhia atua nos principais mercados, tais como: construção civil, agronegócio e indústria.

Com mais de 300 colaboradores, a Multiplike possui uma carteira de mais de quatro mil empresas atendidas, se consolidando como a empresa com maior rentabilidade do setor financeiro da região sul do Brasil.

A empresa adota um modelo distinto em relação aos bancos tradicionais, baseando-se na alocação de recursos próprios como garantia para os investidores. Essa abordagem estratégica se traduz em vantagens substanciais, particularmente quando a economia demonstra estabilidade. Nesse cenário, a empresa pode capitalizar sua considerável capacidade de alavancagem, permitindo um crescimento mais acentuado. Isso se deve à confiança que os investidores depositam na Multiplike como parceira sólida e confiável.