Presidente e diretora-executiva participam de painéis na Estação do Desenvolvimento do Sistema Transporte, na Green Zone da Conferência do Clima, em Belém.
Com o objetivo de ampliar o debate entre empresas, governo, academia e sociedade civil sobre desafios e soluções para a descarbonização e a transição energética no Brasil, a Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) vai participar de cinco painéis durante a COP30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que começou no dia 10 de novembro (segunda-feira), em Belém (PA), e se estenderá até 21 de novembro. Os eventos com a participação da ATP, que reúne 72 portos privados, responsáveis por cerca de 60% da movimentação portuária do país, serão realizados principalmente na Estação do Desenvolvimento, iniciativa do Sistema Transporte (CNT, SEST SENAT e ITL), localizada na Green Zone, no Parque da Cidade da capital paraense.
No dia 13 de novembro (quinta-feira), a diretora-executiva da ATP, Gabriela Costa, fará a moderação de dois painéis: “Mulheres que movem a Amazônia — liderança e território”, pela manhã, no Palacete Pinho, e “Descarbonização nos modos de transporte”, a partir das 14h20, na Green Zone. O presidente da ATP, Murillo Barbosa, por sua vez, inicia, na segunda-feira da semana que vem, dia 17 de novembro , a participação em uma série de três painéis na COP, todos na Green Zone. Às 15 horas, Barbosa terá presença nos “Diálogos hidroviários”. O presidente da ATP vai participar do painel “Ações/casos inovadores na Amazônia + ações socioambientais do modal aquaviário (navegação interior), exemplos que contribuem para sustentabilidade”.
Na ocasião, o presidente da ATP também vai apresentar os resultados do levantamento “Diagnóstico de Sustentabilidade: portuário, navegação e aeroportuário”, realizado pela coordenação de Pesquisas da associação, em parceira com o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor). No encerramento do encontro, haverá a “Leitura da Carta Hidroviária”, com um balanço da contribuição para a redução das emissões de CO2 pela navegação interior.
No dia 18 (terça-feira), Barbosa fará a moderação do painel “A inovação como indutora da transição energética”, a partir das 10horas. E, à tarde, a partir das 15h, será o moderador do encontro “O painel dos terminais na descarbonização e o financiamento dos projetos sustentáveis”. —Estamos reafirmando na COP30 o compromisso do setor portuário privado com a sustentabilidade e transição energética do país. Os portos privados investem em novas tecnologias sustentáveis e operações mais eficientes, como o uso de energia renovável e combustíveis verdes, promovendo o crescimento econômico do Brasil com responsabilidade ambiental. Assim, contribuem com um futuro de baixo carbono, de acordo com os novos desafios e exigências globais—diz o presidente da ATP, que reúne grandes empresa que atuam em áreas como contêineres, agronegócio, mineração, siderurgia, petróleo e gás e complexos logísticos.
Outras agendas — Antes dos debates na COP, a direção da ATP também vai participar de eventos do setor portuário, na Estação do Desenvolvimento. No dia 11 de novembro (terça-feira), a partir das 14h20m, a diretora-executiva Gabriela Costa vai prestigiar a Coalizão para a Descarbonização dos Transportes, que reúne 122 entidades e empresas comprometidas com a meta de reduzir em até 70% as emissões de gases de efeito estufa do setor até 2050.
Para a diretora-executiva da ATP, a inovação e as novas práticas sustentáveis no setor portuário devem ser desenvolvidas “em uma jornada colaborativa”, ressaltando que o cenário requer hoje fazer conexões. Gabriela destaca que há a necessidade também de fontes de financiamento de projetos que impactam a economia de baixo carbono, buscando a transição da energia fóssil para a renovável. E os green bonds são, atualmente, uma das ferramentas para viabilizar tecnologias de produção mais sustentáveis, podendo ser emitidos por bancos, empresas e pelo Tesouro Nacional.
—Esses títulos são uma opção aos portos para alavancar investimentos robustos em projetos sustentáveis, mas o setor precisa de mais alternativas. Dessa forma, os terminais podem reforçar sua posição estratégica no mercado brasileiro e global”—afirma Gabriela.
Na quarta-feira (12 de novembro), a ATP também vai prestigiar as empresas associadas que vão receber — a partir das 17 horas—, o Prêmio de Sustentabilidade do MPor. Serão concedidos os primeiros selos de reconhecimento às empresas e entidades que aderiram ao Pacto pela Sustentabilidade, instituído pelo ministério com marcos orientadores para a incorporação pela iniciativa privada de critérios ambientais, sociais e de governança, mediante compromissos voluntários alinhados às melhores práticas internacionais.
ATP — A Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) representa os interesses e atua em defesa do segmento privado e na modernização dos portos brasileiros, relevantes para a infraestrutura econômica e o desenvolvimento do país. Atualmente, a associação reúne 37 empresas de grande porte e congrega 72 Terminais Privados do país. Juntas, as empresas movimentam 60% da carga portuária brasileira e respondem pela geração de 47 mil empregos diretos e indiretos.
A ATP reúne associadas que atuam em áreas como mineração, siderurgia, petróleo e gás, agronegócio, contêineres e complexos logísticos, relevantes para o comércio exterior e a economia brasileira.