78% maior ante o meso período no ano anterior. O Ebitda proforma totalizou US$ 4,4 bilhões, 17% maior t/t e 28% maior ante 2024, refletindo maiores volumes, eficiência nos custos e maiores preços de minério de ferro, cobre e subprodutos.
A mineradora brasileira Vale divulga os resultados referentes ao terceiro trimestre de 2025, com destaques para o forte desempenho de vendas em todos os segmentos de negócio. As vendas de minério de ferro, cobre e níquel cresceram 5% (+4 Mt), 20% (+15 kt) e 6% (+2 kt) a/a, respectivamente, apoiadas pelo sólido desempenho operacional. O preço médio realizado de finos de minério de ferro foi de US$94,4/t, 11% maior t/t e 4% maior a/a, superando o aumento nos preços de referência do minério de ferro, apoiado pela estratégia de portfólio de produto. Os custos all-in do minério de ferro caíram 4% a/a para US$ 52,9/t, como resultado dos melhores prêmios de qualidade de finos e menores custos de frete. O custo caixa C1 de finos de minério de ferro, excluindo compras de terceiros, manteve-se relativamente em linha a/a, alcançando US$ 20,7/t no trimestre, no caminho para atingir o guidance para 2025. O custo all-in do cobre foi reduzido em 65% a/a (para US$ 994/t) enquanto o custo all-in do níquel foi 32% menor a/a (US$ 12.347/t). Estas melhorias foram resultados de maior eficiência operacional, maior produção e maiores receitas de subprodutos. O guidance de custo all-in do cobre para 2025 foi revisado para US$ 1.000-1.500/t (de US$ 1.500-2.000/t), impulsionado pelos maiores preços do ouro. O guidance de custo all-in do níquel para 2025 foi revisado para US$ 13.000-14.000/t, (de US$ 14.000-15.500/t), impulsionado por uma performance operacional sólida e preços fortes dos metais, beneficiando os ativos polimetálicos. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, sigla em inglês) proforma totalizou US$ 4,4 bilhões, 17% maior t/t e 28% maior a/a, refletindo maiores volumes, eficiência nos custos e maiores preços de minério de ferro, cobre e subprodutos. O capex totalizou US$ 1,3 bilhão, US$ 0,1 bilhão menor a/a, mantendo-se no caminho para alcançar o guidance de US$ 5,4-5,7 bilhões em 2025. O fluxo de caixa livre recorrente foi de US$ 1,6 bilhão, US$ 1,0 bilhão maior a/a, reflexo, principalmente, do Ebitda maior. A dívida líquida expandida de US$ 16,6 bilhões ao final do trimestre foi US$ 0,8 bilhão menor t/t, em razão da forte geração de fluxo de caixa livre.

— Entregamos mais um trimestre sólido, marcado por um desempenho operacional consistente, progresso contínuo em nossa agenda estratégica e compromisso com a segurança. A produção de minério de ferro atingiu seu maior nível trimestral desde 2018, o cobre teve seu melhor resultado para o terceiro trimestre desde 2019, enquanto continuamos a melhorar nossa competitividade de custos no níquel. Tudo isso reflete a consistência operacional e a dedicação incansável de nossas equipes. Avançamos em projetos-chave de crescimento do programa Novo Carajás e iniciamos com sucesso a operação do segundo forno em Onça Puma, destravando crescimento e reforçando nossa estratégia de criação de valor a longo prazo. Nosso portfólio flexível de minério de ferro, apoiado por uma cadeia de valor estendida, provou-se mais uma vez ser essencial para aprimorar nossa competitividade e resiliência ao longo dos ciclos de mercado. A segurança continua sendo nossa prioridade e estamos muito felizes por termos alcançado um marco importante ao não termos mais nenhuma barragem classificada como nível 3 de emergência — um passo fundamental em nossa jornada para nos tornarmos um parceiro confiável para a sociedade. Esses resultados reforçam minha confiança no futuro da Vale e no valor que estamos criando para todos os stakeholders— comentou Gustavo Pimenta, CEO.
Destaque dos negócios: Soluções de Minério de Ferro — Execução bem-sucedida da estratégia de portfólio, com uma melhora de US$ 2/t no prêmio de finos de minério de ferro t/t, suportada pelo aumento na oferta de produtos blendados e concentrados. No trimestre, a Vale também lançou oficialmente seu produto de médio teor de Carajás, que promove maior flexibilidade operacional e otimização do plano de lavra. A companhia segue focada em maximizar valor por meio de um portfólio de produtos otimizado, viabilizado pela flexibilidade de sua cadeia. Metais para Transição Energética.
O segundo forno de Onça Puma iniciou suas operações com sucesso em setembro. Entregue dentro do prazo e 13% abaixo do orçamento (US$ 480 milhões de capex final), o projeto adiciona 15 ktpa de capacidade de níquel, elevando a capacidade nominal do site para 40 ktpa.
Desenvolvimentos Recentes: o Programa Novo Carajás continua avançando com (i) a licença de operação obtida para atividades relacionadas à mina do projeto de minério de ferro Serra Sul +20Mtpa, (ii) a licença de operação obtida para a expansão de Serra Leste, com a capacidade de produção de 10 Mtpa de minério de ferro, e (iii) avanço nas obras de acesso ao projeto de cobre Bacaba, que obteve sua licença preliminar em junho e aguarda a licença de instalação.
A JV da Aliança Energia foi concluída em setembro após as aprovações regulatórias. Com a conclusão, a Vale recebeu US$ 1 bilhão em recursos e passou a deter 30% de participação na JV, enquanto a GIP detém 70%. A transação garante o acesso contínuo da Vale à energia renovável a custos competitivos, apoiando sua matriz energética 100% renovável no Brasil.
A Vale lançou, em outubro, uma oferta facultativa para adquirir até a totalidade das debêntures participativas. A iniciativa tem como objetivo otimizar a estrutura de capital da companhia e reforçar sua estratégia de alocação de capital por meio da gestão proativa de passivos.
Barragens de Rejeito: A barragem Forquilha III teve seu nível de emergência reduzido de 3 para 2, após aprovação da Agência Nacional de Mineração (ANM). Com esse marco, a Vale não possui mais nenhuma barragem classificada no nível 3 de emergência. A estrutura, parte do Programa de Descaracterização de Barragens a Montante, iniciará o trabalho de descaracterização em 2026.
As barragens Doutor e Dicão Leste tiveram seus níveis de emergência retirados, após aprovação da ANM. Ambas as estruturas receberam a Declaração de Condição de Estabilidade positiva, confirmando a segurança estrutural. Desde 2022, 21 barragens tiveram seus níveis de emergência retirados.
A barragem Grupo, na mina de Fábrica em Minas Gerais, foi totalmente eliminada, marcando a conclusão de 60% do Programa de Descaraterização de Barragens a Montante, com 18 estruturas eliminadas desde 2019.
A Vale implementou com sucesso o Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM) em todas as suas barragens de rejeitos, como parte de seu compromisso contínuo com o ICMM e seus stakeholders. Essa conquista significativa reforça o compromisso da companhia com a segurança das pessoas e comunidades, refletindo sua abordagem disciplinada na aplicação das melhores práticas de gestão de barragens.
Reparação Brumadinho: a execução do Acordo de Reparação Integral de Brumadinho continua avançando, com aproximadamente 79% dos compromissos acordados concluídos até o terceiro trimestre de 2025 e em linha com os prazos previstos no acordo.
Mariana: o programa de reparação da Samarco continua progredindo, com R$ 70 bilhões desembolsados até 30 de setembro de 2025. O progresso do Programa de Indenização Definitiva (PID) continua forte, com a adesão formal de mais de 327 mil indivíduos e mais de 291 mil acordos assinados até meados de outubro, mostrando um avanço consistente na resolução das reivindicações remanescentes.
 
			 
			 
			 
			 
				 
				