A economista-chefe do escritório InvestSmart XP, Mônica Araújo, analisou o desempenho da Petrobras e o forte crescimento da produção de petróleo da empresa no terceiro trimestre de 2025.
— O desempenho positivo da produção da Petrobras no terceiro trimestre de 2025 já estava sendo mapeada pelo mercado por meio das informações acompanhadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A confirmação dos dados positivos pela empresa pode gerar alguma expectativa de revisão das projeções financeiras do terceiro trimestre de 2025, potencializando o evento para as ações da estatal e trazendo algum ânimo sobre distribuição de dividendos.
A combinação de eventos recentes, tais como o recebimento da licença de operação para pesquisa exploratória na Margem Equatorial, produção de petróleo acima do esperado e alguma recuperação no preço do petróleo no cenário internacional, podem impactar positivamente as ações da Petrobras no curto prazo.
A produção média de óleo, LGN e gás natural da Petrobras no terceiro trimestre alcançou 3,14 MM boed, um crescimento de 7,6% sobre o segundo trimestre de 2025 e 16,9% acima do terceiro trimestre de 2024, o que certamente deve mais do que compensar a queda no preço da commodity e diluir custos fixo. A combinação de ramp-up de alguns sistemas, atrelado com menor volume de perdas por paradas e manutenção e ainda maior eficiência operacional nas Bacias de Campo e Santos justificam esse forte crescimento da produção da Petrobras nesse terceiro trimestre.
As vendas de derivados alcançaram volume total de 1.804 Mbpd no mercado doméstico, alta de 5,3% quando comparado com o segundo trimestre desse ano e 1,9% sobre o terceiro trimestre do ano passado, destaque para alta forte nas vendas de diesel, entre os principais derivados comercializados pela Petrobras— conclui o comentário a economista-chefe, Mônica Araújo.