O comércio lojista da cidade do Rio de Janeiro deverá contratar cerca de oito mil empregados temporários para trabalhar na época das festas de fim de ano e durante o verão, menos que os 10 mil do ano passado. É o que mostra a pesquisa do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro – SindilojasRio, que ouviu 250 empresas dos setores de confecções e moda infantil, calçados, joias e bijuterias, óticas, eletroeletrônicos, papelarias, móveis e brinquedos.
A pesquisa revelou que, das empresas consultadas, 45% pretendem contratar para esse período, 35% ainda estão indecisos, 12% não contratarão e 8% pensam em pagar horas extras se for necessário. Dos entrevistados 60% revelaram que farão as contratações a partir de novembro e 40% em dezembro.
De acordo com Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e do SindilojasRio, mesmo com o atual cenário o resultado da pesquisa mostra a esperança da expectativa de vendas melhores para o Natal — a grande data comemorativa para o comércio, que representa 30% do faturamento do ano. —Além disso, o Natal e as festas de fim de ano precedem a alta temporada do verão, que é a estação mais importante para a economia carioca, quando a cidade recebe um grande número de turistas do país e do exterior, que vem ao Rio curtir as festas, as praias e o Carnaval. A combinação desses fatores motivou essa estimativa de contratação de temporários —diz Aldo Gonçalves.
—Outro fator a destacar é que a contratação de temporários indica que o faturamento de novembro e dezembro poderá subir até 4,0%. Mas convém ressaltar também que o ritmo da economia diminuiu diante do último bimestre do ano passado, uma vez que o consumidor tem revelado cautela a maiores gastos e os custos operacionais subiram bastante— conclui Aldo Gonçalves,
Ainda de acordo com a pesquisa, do total de vagas, 65% representam o primeiro emprego; a faixa etária predominante é entre 18 a 35 anos; e que 55% dos contratados serão para ocupar as vagas de vendedores, 15% para operadores de caixa, 12% para estoquistas, 7,0% para supervisores, 5% para auxiliar de vendas, 4,0% para auxiliar de estoque e 2% para montador, entregador e ajudante.
A pesquisa mostra também que 45% dos empresários consultados responderam que não pretendem efetivar os temporários após o período de festas, 15% disseram que sim e 40% disseram que depende do movimento das vendas e da recuperação da economia.