Segundo a Moody’s embora a política comercial deva ter um papel de destaque no cenário econômico ao longo do próximo ano, as eleições nas principais economias da América Latina também ganham relevância, de acordo com o último relatório da Moody’s Analytics. As eleições legislativas de outubro na Argentina e as eleições gerais de novembro no Chile abrem o calendário eleitoral, enquanto os eleitores de Brasil, Colômbia e Peru escolherão novos presidentes ao longo de 2026.
—As economias latino-americanas demonstraram resiliência em 2025, apesar de um ambiente externo incerto e de múltiplos desafios internos. A Moody’s Analytics prevê que o PIB da região se expandirá 2,3% em 2025, uma leve revisão para cima em relação às previsões anteriores, embora ainda abaixo do potencial da região.
O Brasil, maior economia da América Latina, teve desempenho melhor do que o esperado em 2025, impulsionado por um mercado de trabalho robusto. Uma moeda forte também favoreceu o consumo privado. A economia brasileira deve desacelerar em comparação com 2024, mas menos do que o previsto. Uma política monetária mais restritiva, inflação acima da meta e limitações fiscais impedirão uma aceleração do crescimento em 2025. Assim, espera-se que o PIB do Brasil cresça 2,5% em 2025, após um aumento de 3% em 2024.
A economia brasileira deve desacelerar em 2026, com previsão de crescimento do PIB em 1,8%, à medida que as restrições monetárias permanecem em vigor e o ciclo eleitoral dificulta os investimentos. A inflação acima da meta e os entraves fiscais também continuarão a limitar o crescimento no próximo ano— conclui a análise da Moody’s.