E aponta desafios para novos formatos de varejo frente a modelos tradicionais, diz Asserj.
Um levantamento realizado pela Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), com cerca de 500 consumidores, sobre os hábitos de consumo dos cariocas traz dados que ajudam a compreender o comportamento do cliente do varejo supermercadista e revela tendências que podem impactar a atuação de diferentes formatos de loja.
Preço é importante, mas não é tudo — Embora 66% afirmem trocar de mercado em busca de preços mais baixos, apenas 26,7% dizem não abrir mão do menor valor em hipótese alguma. Para a maioria (53%), o preço precisa estar aliado a serviço, e 20,3% destacam variedade e experiência de compra como fatores decisivos. Promoções (49,8%), variedade (46,8%) e atendimento (42,7%) também aparecem como critérios determinantes de escolha.
O estudo mostra que 62% dos consumidores consideram variedade mais importante que preço, e 65,2% afirmam que o fator essencial é encontrar todos os produtos que procuram, ainda que paguem mais. Além disso, 58,8% dizem priorizar marcas reconhecidas e tradicionais, mesmo diante de opções mais baratas.
Outro dado relevante é a preferência pelo formato de loja: 62,4% dos fluminenses preferem supermercados grandes, com ampla variedade. Apenas 9,8% optam por mercados menores e simplificados. Além disso, a maioria dos consumidores (48,1%) vai ao supermercado uma vez por semana, mas parte significativa dilui suas compras em visitas mais frequentes: 27,4% afirmam ir até três vezes e 24,6% mais de três vezes na semana. 59,2% frequentam até três supermercados diferentes por mês, principalmente pela conveniência de lojas próximas de casa.
Desafios para novos formatos de loja — A pesquisa aponta barreiras para modelos baseados unicamente em preço baixo e sortimento reduzido. O consumidor carioca demonstra buscar equilíbrio entre economia, diversidade de produtos, marcas de confiança e qualidade no atendimento, incluindo a oferta de serviços. Formatos com mix restrito, ausência de serviços adicionais e foco exclusivo em preços podem atrair em um primeiro momento, mas certamente encontrará dificuldades para gerar fidelização em um público que valoriza conveniência, amplitude de escolha e experiência de compra.
O consumidor do Rio de Janeiro mostra-se atento às ofertas, mas sem abrir mão de variedade, marcas reconhecidas e atendimento. Para conquistar esse perfil, não basta competir apenas pelo menor preço: é preciso entregar um conjunto de atributos que façam sentido ao longo da jornada de compra. Afinal, vivemos a era da experiência.
Asserj — Foi com um pequeno número de associados que nasceu a Associação de Supermercados do Rio de Janeiro(Asserj) mais precisamente em 1969, um ano após a atividade supermercadista ser definida e regulamentada no País. Criada com o intuito de fortalecer e defender a cadeia supermercadista do Estado, a Asserjatendeu bem ao seu objetivo principal. Há mais de cinco décadas representando e defendendo os interesses do setor, a Asserj adquiriu know-how no setor supermercadista, oferecendo aos seus associados cursos de aperfeiçoamento, palestras, consultoria e assessoria na área jurídica, gestão, recursos humanos, prevenção de perdas, alimentos seguros e marketing, além de muitas outras atividades relevantes para o setor. | https://asserj.com.br e, rede sociais.