Da mesma forma que tem sido em pagamentos instantâneos e Open Finance”, diz Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central.
Em sua participação no painel “The unstoppable future of finance”, durante o Digital Assets Conference (DAC) 2025, Roberto Campos Neto, chefe global de políticas públicas do Nubank e ex-presidente do Banco Central, disse ver no Brasil os fatores necessários para liderar o movimento de tokenização de ativos, comparando com o protagonismo do país em transferências instantâneas, como o PIX, e a política de Open Finance.
No painel, onde esteve ao lado de Roberto Dagnoni, chairman do MB | Mercado Bitcoin e CEO da 2TM, Campos Neto acrescentou que o mercado de tokenização dobrou desde o ano passado, com destaque para as RWA (Ativos do Mundo Real), que saltou de US$ 13 bilhões para US$ 30 bilhões.
Roberto Dagnoni, que fez a vez de anfitrião e entrevistador, chamou a atenção para o comportamento das moedas em termos globais. —Não dá para dizer que os governos mundiais estão tratando bem as moedas dos países —reforçou Campos Neto, que também salientou a importância das mudanças nas leis americanas sobre ativos digitais que, até as atuais modificações entrarem em vigor, afastavam o interesse dos investidores e influenciavam negativamente na percepção de segurança do uso de ativos digitais.
Outro assunto abordado pelos painelistas foi o DREX, que tem avançado nas discussões sobre inovações financeiras. —DREX já nasce resolvendo o problema da desintermediação dos bancos —pontua Campos Neto que, assim como o chairman do MB, vê com otimismo e necessidade global o avanço do uso institucional dos ativos digitais. —Boa parte das indústrias de pagamento se tornarão commodities —finaliza o executivo do Nubank.
Assim como o próprio Campos Neto, o histórico profissional de Roberto Dagnoni é no mercado tradicional: o executivo atuou na Cetip como VP da área financeira e desenvolvimento de negócios durante oito anos, esteve na liderança da empresa ao longo da fusão com a BM&FBovespa e da criação da B3, onde continuou na cadeira de VP até final de 2017, e levou toda sua expertise do mercado de capitais para consolidar o mercado de ativos digitais no Brasil.
DAC 2025 — Idealizado pelo Mercado Bitcoin, o DAC, evento exclusivo para convidados, realizado no Teatro B32, na Faria Lima, em São Paulo, está em sua segunda edição. Além do MB, parceiros de destaque participam da realização do evento, incluindo a BlackRock, maior gestora de fundos de investimento do mundo; o CME Group, líder em mercados de derivativos; a Fireblocks, referência em infraestrutura de ativos digitais; a Galaxy Digital, pioneira no uso de IA aplicada a ativos digitais; a FalconX, principal corretora de ativos digitais corporativos; e a Tether Gold, reconhecida globalmente na tokenização de ouro.
MB | Mercado Bitcoin — Com quatro milhões de clientes em 12 anos de operação, o MB | Mercado Bitcoin é a plataforma de investimentos em ativos digitais líder na América Latina, a partir da atuação como corretora de criptomoedas, tokenizadora de ativos e banco digital. Primeiro unicórnio cripto brasileiro e entre as 5 maiores tokenizadoras de crédito privado do mundo, tem sedes no Brasil e em Portugal e opera com os mais altos padrões de transparência e integridade financeira, sendo auditada pela KPMG, uma das maiores empresas de auditoria do mundo.