Entre 2020-2024 foram abertas mais de um milhão de empresas no Estado do Rio de Janeiro, enquanto mais de 491 mil fecharam suas portas.
O trabalho “Abertura e Fechamento de Empresas no Rio de Janeiro 2020-2024”, realizado pelo CDLRio – Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro e o SindilojasRio – Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro – baseado em dados da Junta Comercial do Rio de Janeiro por CNPJs, com foco na abertura e fechamento de empresas nos últimos cinco anos.
O estudo permitiu observar a evolução da atividade empresarial segundo critérios de classificação, como o tipo do negócio, o segmento da economia, a sociedade, localização e a mortalidade de empresas por faixa de anos de vida e também demonstra que há possibilidades concretas de recuperação da economia fluminense quando se observa o espírito empreendedor diante das oportunidades que são criadas.
Por exemplo, entre 2020-2024 foram abertas mais de um milhão de empresas no Estado do Rio de Janeiro, enquanto mais de 491 mil fecharam suas portas. Dos novos empreendimentos mais de 772 mil foram estabelecidos por empreendedores individuais, aproximadamente 74% do total.
Foi possível também diagnosticar que a Região Metropolitana do Rio de Janeiro com 22 municípios concentra a maior parte dos negócios que abrem e fecham. Além disso, pelas características, disparadamente o comércio varejista constitui preferência empresarial e que a figura do empreendedor individual, assim como o comércio, são a porta de entrada do indivíduo no mundo dos negócios. Outro dado relevante é que nos cinco primeiros anos ocorre a maior taxa de mortalidade de empresas, sendo que a partir do décimo ano dificilmente uma empresa fecha porque já adquiriu maturidade e sustentabilidade.
Embora parcela considerável dos CNPJs estabelecidos tenha sido de MEIs, a economia fluminense atrai contingente de investimento que cria perspectiva de crescimento. Neste aspecto destaca-se a importância de se elaborar políticas públicas para o aperfeiçoamento do ambiente de negócios no Estado.
De acordo com Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e do SindilojasRio, existe uma necessidade premente de se amparar as empresas jovens, aquelas que ainda estão no primeiro ciclo do desenvolvimento de vida, através do acompanhamento sistemático das demandas empresariais, da capacitação continuada, consultoria a preços acessíveis, condições competitivas de crédito, entre outras, para que as ações se constituam num suporte para o crescimento, bem como se tornem novas condições de sobrevivência.
— ambiente de negócios precisa melhorar. E num esforço conjunto, empresários e governo, precisam trabalhar ainda mais para diminuir a burocracia; simplificar processos; reduzir emolumentos, impostos e custos operacionais; estabelecer garantias diferenciadas que facilitem o acesso ao crédito e fomentar a cultura empreendedora, aproximadamente os agentes econômicos das entidades representativas, das associações, para que se sintam acolhidos e pertencentes, em locais onde possam compartilhar necessidades e busca de soluções—concluiu Aldo Gonçalves.