— A Ambipar (AMBP3) apresentou no dia 13 de agosto (quarta-feira), após o fechamento do pregão, seu balanço referente ao segundo trimestre de 2025. A empresa, que atua nos segmentos de serviços ambientais e de emergências, voltou a registrar prejuizo, mantendo a trajetória deficitária do primeiro trimestre de 2025e revertendo lucro de R$ 45,5 milhões do segundo trimestre de 2024, o que resultou em uma queda de 2,91% da ação no pregão de hoje.
Apesar do prejuizo, alguns números da multinacional chamaram a atenção de forma positiva. A receita liquida somou R$ 1,77 bilhão, crescimento de 25,2% em relação ao segundo trimestre de 2024 e de 1,8% frente ao primeiro trimestre de 2025. A divisão Environment se destacou com crescimento de 53,7% em relação ao mesmo período de 2024, com crescimento do faturamento em Movimentação Especializada, Orgânicos e Recicláveis.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) totalizou R$ 585,7 milhões, alta de 34,2% na comparação anual e de 6,1% em relação ao primeiro trimestre de 2025. A margem EbitdA do segundo trimestre de 2025 foi de 33,1%, o que representa incremento de 2,2 p.p. e de 1,3 p.p. em comparação ao segundo trimestre de 2025 e primeiro trimestre de 2025 , respectivamente. De acordo com a empresa, a melhora na rentabilidade da companhia tem sido impulsionada por iniciativas focadas na eficiência de seus recursos, eliminando redundâncias e exercitando disciplina na alocação de capital em projetos que retornem taxas atrativas e permitam mitigação de riscos financeiros e operacionais. Além disso, a forte performance de Environment no Brasil impulsionou positivamente o Ebitda do trimestre.
No que tange ao Caixa, no segundo trimestre de 2025, a Ambipar seguiu com foco em incrementar a geração de caixa, e obteve fluxo de caixa operacional positivo de R$431,9 milhões, um crescimento de 26,4% versus primeiro trimestre de 2025 e uma redução de 1,6% versus segundo trimestre de 2024. O Capex atingiu a marca de R$271,9 milhões, representando 15,4% da receita líquida no segundo trimestre de 2025, e a dívida líquida cresceu 27,1% no ano contra ano e 8,6% em relação ao primeiro trimestre de 2025, com a alavancagem atingindo 2,56x o Ebitda.
De acordo com o CEO da empresa, Tércio Borlenghi Junior: — O trimestre marcou a intensificação das iniciativas de integração voltadas à geração de caixa operacional. Fortalecemos o pipeline comercial para impulsionar o crescimento orgânico com rentabilidade, ganhos de margem e retorno sobre novas oportunidades, resultado da centralização da área de precificação e da atuação de comitês globais de Capex. No período, registramos avanços relevantes em receita líquida e Ebitda, ao mesmo tempo em que aceleramos processos de integração das companhias adquiridas—
O mercado estava cauteloso em relação ao resultado, com diversas casas de research como XP Investimentos, BTG Pactual, Santander e Itau BBA com recomendação under review para o papel— conclui Bruno Issa, sales de Renda Variável da InvestSmart XP.