Indicador subiu 8,9% em um intervalo de 12 meses, reflexo da performance da plataforma global e multiproteína da companhia.
A JBS fechou o segundo trimestre de 2025 com receita líquida de US$ 20,9 bilhões, 8,9% mais que no mesmo período do ano passado. Esse crescimento é um reflexo das operações de Seara e Pilgrim’s, numa demonstração da força da estratégia da Companhia de diversificação em proteínas e geografias. Entre abril e junho deste ano, a margem Ebitda ajustada (em US$), indicador que reflete desempenho operacional das empresas, da Seara foi de 18,1%, enquanto da Pilgrim’s de 17,2%.
No trimestre, o resultado líquido avançou 60,6% na comparação anual e fechou em US$ 528 milhões. Entre os indicadores da JBS no período, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, sigla em inglês) ajustado foi de US$ 1,7 bilhão e a margem Ebitda ajustada de 8,4%, que refletem o plano da Companhia de fomentar marcas fortes e produtos de valor agregado, em todos os mercados. No período, 75% das vendas globais foram em mercados domésticos onde a JBS atua e 25% por meio de exportações.
Para Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS, em cada um dos países em que a companhia atua, o foco permanece na excelência operacional, na ampliação do portfólio de valor agregado, na inovação e na construção de marcas fortes. —A estratégia de diversificação geográfica e de proteínas da JBS é uma ferramenta poderosa, uma vantagem competitiva que nos permite mitigar as oscilações naturais dos ciclos das proteínas, bem como outros desafios de mercado—explica.
Nas unidades de negócios de aves, como Seara e Pilgrim’s, a JBS se beneficiou do crescimento da demanda por essa proteína e de mudanças no comportamento do consumidor, como nos Estados Unidos, em que aumentou o total de refeições na residência. A execução operacional das unidades também auxiliou no avanço dos resultados trimestrais.
No segmento de carne bovina, com JBS Brasil, JBS Austrália e JBS Beef North America, e carne suína, pela JBS Pork, a performance foi resultado da dinâmica comercial. Além disso, a força do portfólio de marcas e mix de produtos com valor agregado contribuíram com a operação.
A alavancagem passou de 2,77x para 2,27x (dívida líquida/Ebitda), no intervalo de 12 meses. A Companhia fechou o segundo trimestre de 2025 com US$ 3 bilhões em caixa e US$ 3,4 bilhões disponíveis em linhas de crédito rotativas. Isso permite à JBS honrar suas dívidas até 2032. Segundo Guilherme Cavalcanti, CFO da JBS, a solidez financeira da JBS permite à Companhia ter flexibilidade sem perder disciplina na alocação de capital. —A nossa estratégia de crescimento por meio da diversificação e excelência operacional é o caminho certo para continuarmos a fortalecer nossa posição entre os líderes globais em alimentos —afirma.
Fortaleza na diversificação — Na demonstração de consistência da plataforma diversificada da companhia, que atua em diferentes proteínas e geografias, a Seara apresentou margem expressiva, de 18,1%, apesar do impacto da gripe aviária no Brasil. No fim de junho, o Brasil foi declarado livre da doença em granjas comerciais pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Em sua estratégia, a unidade de negócio tem focado em avançar sua estratégia comercial para atender a demanda de produto, no mercado nacional e internacional.
Já a Pilgrim’s Pride Corporation, que atende mercados importantes como Estados Unidos, México e Europa, entregou resultados sólidos, com margem de 17,2%. Os resultados da unidade de negócio refletem a forte demanda do mercado, custo mais baixo de milho e soja, além de mudanças de comportamento do consumidor, que passou a se alimentar mais na residência do que em restaurantes.
A JBS Austrália também contribuiu para o resultado positivo. A unidade de negócio apontou indicadores que refletem a boa oferta de carne bovina no mercado e a melhora operacional da unidade de aquicultura. No mesmo caminho, a JBS Brasil entregou um desempenho positivo no segundo trimestre de 2025. Os resultados demonstram que a unidade de negócio tem buscado avançar em sua estratégia comercial para balancear oferta e demanda nos mercados nacional e internacional. A Friboi segue conquistando a preferência do brasileiro e evoluindo no atendimento das necessidades dos clientes em diferentes ocasiões de consumo.
Apesar de desafios pontuais no segundo trimestre de 2025, a JBS Pork e a JBS Beef North America têm perspectivas de melhoria para os próximos trimestres. A unidade de negócio de carne suína demonstra consistência nos resultados no trimestre, com uma rentabilidade gerada a partir da melhoria na dinâmica comercial, a sólida execução operacional e a ampliação do portfólio de valor agregado.
No contexto da confiança com o mercado americano, a JBS anunciou uma série de investimentos estratégicos nos Estados Unidos no primeiro semestre deste ano. Em maio, foi divulgado o plano de destinar US$ 135 milhões para a construção de uma moderna fábrica de produção de linguiças em Perry, Iowa. Esse aporte se somou aos US$ 200 milhões alocados para modernizar as unidades de carne bovina em Cactus (Texas) e Greeley (Colorado, e aos US$ 400 milhões para uma nova unidade de alimentos preparados que a Pilgrim’s está construindo no Condado de Walker, Geórgia.
No dia 13 de agosto (quarta-feira), a JBS também anunciou investimento de US$ 100 milhões para adquirir e expandir uma unidade em Iowa, que será a maior unidade de bacon e linguiças prontas para consumo nas operações da Companhia nos EUA. Todos esses projetos apoiam a expansão do portfólio de alimentos preparados da JBS e vão ajudar a atender à crescente demanda por esses tipos de produtos por clientes e consumidores.