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01/08/2025

CSN Mineração registra lucro de R$ 115,8 milhões no 2T25

E reverte prejuízo de R$ 357,3 milhões registrado no primeiro trimestre. O lucro tem queda de 92,3% em relação ao segundo trimestre de 2024.

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) divulgou os resultados financeiros na noite do dia 31 de julho (quinta-feira), onde mostra um prejuízo líquido consolidado de R$ 130,4 milhões no segundo trimestre de 2025, resultado que representa uma melhora expressiva de 82,2% em relação ao prejuízo registrado no trimestre anterior.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, sigla em inglês)ajustado da companhia alcançou R$ 2,643 bilhões no período, com margem de 23,5%, um avanço de 1,4 ponto percentual frente ao trimestre anterior. A melhora é atribuída à sazonalidade, que impulsionou a atividade comercial, e à gestão estratégica dos negócios, que conseguiu compensar a queda nos preços do minério de ferro e a pressão da concorrência externa na siderurgia com uma política comercial assertiva e um ritmo produtivo mais eficiente.

No acumulado do primeiro semestre de 2025, o Ebitda da CSN foi 11,7% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior, evidenciando a resiliência da companhia frente a um cenário desafiador e a consolidação de uma trajetória de crescimento nos resultados operacionais.

A dívida líquida consolidada somou R$ 35,7 bilhões ao final de junho, com a alavancagem medida pela relação dívida líquida/Ebitda LTM em 3,24 vezes — uma queda de nove pontos-base em relação ao trimestre anterior, mesmo após a incorporação da Tora. A empresa destacou uma redução de R$ 2,1 bilhões na dívida bruta apenas no segundo trimestre, totalizando quase R$ 5,7 bilhões em cortes desde o início do ano, resultado de uma estratégia contínua de desalavancagem. A companhia também manteve sua política de alta liquidez, encerrando o trimestre com R$ 19,3 bilhões em caixa.

Como parte dos esforços para reforçar sua posição financeira, a CSN segue avançando em projetos de reciclagem de capital dentro do grupo. O principal deles, envolvendo a CSN Infraestrutura, está atualmente na fase de seleção do banco que liderará as negociações, com expectativa de definição do parceiro até o fim do ano.

O fluxo de caixa ajustado ficou negativo em R$ 1,47 bilhão, reflexo do aumento nos investimentos voltados à expansão e do impacto das despesas financeiras, de acordo com a empresa, principalmente em razão dos altos juros incidentes sobre a dívida do grupo.

— A exposição cambial líquida no segundo trimestre foi de posição ativa de US$ 1,1 bilhão, em linha com a política de proteção contra a volatilidade do câmbio—ressaltou a CSN.

CSN Mineração reverte prejuízo — A CSN Mineração encerrou o segundo trimestre de 2025 com lucro líquido de R$ 115,8 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 357,3 milhões registrado no primeiro trimestre. O desempenho positivo foi impulsionado, principalmente, pela menor pressão cambial sobre o caixa em moeda estrangeira e pelo aumento expressivo nos volumes de vendas.

O Ebitda ajustado no período somou R$ 1,26 bilhão, queda de 21,7% na base anual de comparação, com uma margem de 37,2%. Apesar da melhora no lucro líquido, a rentabilidade foi impactada pela queda no preço do minério de ferro, refletindo incertezas sobre a demanda chinesa e as disputas comerciais entre Estados Unidos e outros países. A margem Ebitda recuou 4,6 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2025 e 11,5 pontos frente ao segundo trimestre de 2024 Ainda assim, a companhia destacou um desempenho operacional robusto, com recordes de produção — incluindo compra de terceiros —, ganhos de eficiência logística e rigoroso controle de custos.

A receita líquida ajustada alcançou R$ 3,40 bilhões no segundo trimestre de 2025, um desempenho estável em relação ao trimestre anterior, em relação ao trimestre anterior. O aumento no volume de vendas compensou a retração nos preços. Na comparação anual, a receita foi 2,5% superior, mesmo com o preço do minério 13% menor, o que evidencia a melhoria na performance operacional da mineradora.

Já a receita líquida unitária ficou em US$ 51,9 por tonelada, recuo de 16,2% frente ao primeiro trimestre de 2025 e de 11,5% ante o segundo trimestre de 2024. Essa redução foi atribuída à queda dos preços internacionais e à influência negativa do preço provisório, pressionado pelas expectativas de desaceleração na demanda chinesa e pelas tensões tarifárias globais.

No acumulado do ano, o Ebitda ajustado da CSN Mineração já soma R$ 2,7 bilhões, com uma margem de 39,5%, demonstrando a resiliência da companhia em manter sua eficiência operacional mesmo diante de um cenário externo desafiador.

Venda de 4,99% das ações por R$ 263 milhões — No dia 31 de julho (quinta-feira) A CSN vendeu parte das ações da Usiminas para família Batista, depois de uma decisão acontece após pressão do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), conforme orientação antiga do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A CSN poderá manter 5% dos 12,91% das suas ações — ou seja, ainda precisa colocar no mercado cerca de 3% para atender a decisão judicial.

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) começou a vender a sua parte societária da Usiminas depois de 12 anos. A empresa negociou 4,99% das ações por R$ 263 milhões para o Grupo J&F, dos empresários Wesley e Joesley Batista.